PARA PENSAR
“A menos que abramos as portas de nossas casas uns aos outros, a realidade da Igreja que Jesus edificou como sendo uma família de irmãos e irmãs amorosos é apenas uma teoria”

"Desinstitucionalizados sim, desigrejados jamais, desviados nunca. Somos a igreja de Cristo “juntamente com todos os que, em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1Co 1.2)" Por seu Reino!

Se alguém comemorou o Dia da Reforma Protestante exaltando a Lutero e sua obra e luta, mas condena os "desigrejados" de nossos dias, esse alguém não entendeu nada!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sair ou não sair? A questão das instituições

Publicado por @paoevinho em 11/1/12 • Categoria: Odres Novos

Por Harold Walker:

À medida que Deus tem conduzido o processo histórico de recuperar verdades preciosas na restauração da sua igreja, os servos de Deus têm tido dificuldade para reconhecer e respeitar os diferentes papéis que ele tem delegado para essa tarefa. Uma das maiores divergências sempre esteve entre aqueles que, apesar de perceberem as grandes deficiências e aberrações das igrejas organizadas e institucionais, tentam influenciar lentamente as pessoas que estão lá dentro para viverem uma vida cristã mais autêntica e aqueles que tomam medidas mais radicais, saindo das estruturas e tentando praticar as verdades que acabaram de redescobrir.

A tendência é sempre a de achar que só um dos lados está certo. Mas, se olharmos atentamente para o testemunho da história, veremos que Deus tem usado os dois para avançar nos seus propósitos. Se houvesse somente os que tentam reformar a igreja por dentro, através de um processo lento e incerto de “evolução” espiritual, não teríamos os grandes avanços da Reforma Protestante ou do Reavivamento Pentecostal, para citar apenas dois grandes exemplos. Por outro lado, se houvesse somente os revolucionários que destroem tudo que consideram tradicional e ultrapassado, grandes tesouros que Deus armazenou por muitos séculos seriam perdidos, sem falar das multidões de pessoas que ficariam à deriva sem nenhuma orientação segura, até que os radicais achassem uma estabilidade e praticidade maior para as verdades que no início ainda percebem obscuramente.

A humildade cabe bem para os dois lados: tanto para quem fica na organização, a fim de não desprezar a sinceridade e sacrifício dos que saem à procura de uma vida cristã mais pura, quanto para quem sai, a fim de não classificar como acomodados e apóstatas aqueles que não sentem o chamado divino para se lançar numa aventura incerta.

Podemos ver na história vários exemplos de como os dois tipos de pessoas e atitudes contribuíram para o mesmo propósito de Deus. Na restauração de Jerusalém após o cativeiro na Babilônia, nem todos saíram ao mesmo tempo: primeiro, saíram Zorobabel e Josué e, somente muitos anos mais tarde, Esdras e Neemias. Daniel nunca saiu. Mas todos lutaram para o mesmo fim, a reconstrução da casa de Deus e da cidade de Jerusalém. Mais recentemente, na ressurreição do Estado moderno de Israel após a 2aGuerra Mundial, metade dos judeus voltou para a terra de Israel e metade foi para Nova York nos EUA. Não fora o apoio financeiro e político dos que foram para Nova York, os que sacrificaram tudo para ir para Israel jamais teriam sobrevivido.

Extraído da Revista Impacto, edição 48. Dica de Anderson Chaves no mural do Pão & Vinho.

Fonte: http://paoevinho.org/?p=7834

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