PARA PENSAR
“A menos que abramos as portas de nossas casas uns aos outros, a realidade da Igreja que Jesus edificou como sendo uma família de irmãos e irmãs amorosos é apenas uma teoria”

"Desinstitucionalizados sim, desigrejados jamais, desviados nunca. Somos a igreja de Cristo “juntamente com todos os que, em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1Co 1.2)" Por seu Reino!

Se alguém comemorou o Dia da Reforma Protestante exaltando a Lutero e sua obra e luta, mas condena os "desigrejados" de nossos dias, esse alguém não entendeu nada!

sábado, 7 de maio de 2011

Por que você não quer mais ir à igreja? (Instituição)


ANEXO DO LIVRO

Esse texto, publicado na edição de maio de 2001 de BodyLife (www.lifestream.org), vem circulando pelo mundo para oferecer uma perspectiva e uma argumentação capazes de ajudar as pessoas a compreender como é possível abraçar a vida em Cristo por muitas outras formas de relacionamento alem das que a tradicional vida eclesiástica costuma proporcionar. É uma resposta a todos aqueles que defendem a necessidade de se pertencer a uma instituição determinada para fazer parte da Igreja.


Prezado Irmão de Fé,

Agradeço muito sua preocupação comigo e sua disposição de colocar questões que causaram essa preocupação. Você sabe que a forma como me relaciono com a igreja é um tanto anti-convencional, e há até quem a considere temerária. Creia-me, compreendo bem sua preocupação, pois eu próprio também costumava pensar dessa maneira e cheguei mesmo a ensinar outras pessoas a fazê-lo.

Se você está satisfeito com o status quo da atual religião institucional, talvez não goste do que vai ler aqui. Meu objetivo não é convencê-lo a ver essa incrível igreja da mesma forma que eu, e sim responder a suas perguntas o mais aberto e honestamente que puder. Mesmo que acabemos não concordando, espero que entenda que nossas diferenças não nos distanciam necessariamente enquanto membros do corpo de Cristo.

A QUE IGREJA VOCÊ VAI?

Jamais gostei dessa pergunta, mesmo quando era capaz de responder a ela citando uma organização específica. Conheço seu significado cultural, mas ela se baseia numa falsa premissa – a de que a igreja é um lugar onde se pode ir, da mesma maneira como se vai a um evento, a uma festa ou se freqüenta um grupo organizado. Penso que Jesus vê a Igreja de modo totalmente distinto. Ele não fala dela como de um lugar aonde se vai, mas como um modo de viver na relação com Ele e com os que O seguem.

“Igreja” é uma palavra que não identifica um local ou uma instituição. Ela descreve um povo e como os membros desse povo se relacionam uns com os outros. Quando se perde isso de vista, nossa compreensão da Igreja fica distorcida e deixamos de usufruir a alegria que ela pode nos dar.

Jesus não fala da Igreja como de um lugar aonde se vai,
mas como um modo de viver na relação com
Ele e com os que O seguem.

VOCÊ NÃO ESTARÁ APENAS TENTANDO ESCAPAR DA PERGUNTA?

Sei que o que eu disse pode soar como um mero jogo de palavras, mas as palavras são importantes. Quando atribuímos o termo “igreja” somente a cultos semanais ou a instituições que se auto-intitulam “igrejas”, perdemos o significado profundo do que seja viver como corpo de Cristo. Isso nos dá uma falsa sensação de segurança, fazendo com que achemos que, por comparecer a um encontro uma vez por semana, estamos participando da Igreja de Deus.

Da mesma forma, ouço as pessoas falando em “abandonar a igreja” quando deixam de frequentar determinada congregação. Mas se a Igreja já é algo que somos, e não um lugar qualquer a que comparecemos, como é possível abandoná-la, a não ser que abandonemos o próprio Cristo?

E, se considero somente determinada congregação como sendo a “minha igreja”, não estarei deixando de acolher outros irmãos e irmãs que não freqüentam a mesma congregação que eu freqüento?

A idéia de que apenas aqueles que se reúnem nas manhãs de domingo para assistir a uma celebração religiosa ou a uma palestra fazem parte da Igreja – excluindo os demais – seria uma idéia estranha a Jesus. A questão não é onde estamos num determinado momento do fim de semana, e sim como estamos vivendo com Jesus e com os outros fiéis ao longo da semana.

MAS NÃO PRECISAMOS DE REUNIÕES REGULARES?

Eu não diria que precisamos de reuniões. Se vivêssemos num lugar onde não fosse possível estar com outros fiéis, Jesus certamente seria capaz de cuidar de nós. Assim, eu colocaria a pergunta de forma um pouco diferente: as pessoas que estão aprendendo a conhecer melhor o Deus vivo vão querer ligações reais e significativas com pessoas que compartilham a mesma crença? Evidentemente! O chamado para o reino de Deus não é um convite ao isolamento. Todas as pessoas que conheço e que estão florescendo na vida de Jesus sentem vontade de entrar em autêntica comunhão com outras pessoas que possuem a mesma crença.

Essa espécie de comunhão, porém, não é fácil de achar. Periodicamente, nessa jornada, há ocasiões em que não parecemos encontrar outros crentes com quem partilhar nossa fome de Deus. Isso acontece sobretudo com quem percebe que se conformar às expectativas das instituições religiosas pode acabar enfraquecendo seu relacionamento com Jesus. Talvez eles se sintam excluídos por fiéis com os quais mantiveram durante anos uma amizade estreita. Mas quem passa por essa situação não a vê como uma ameaça. É sem dúvida incrivelmente doloroso, e essas pessoas irão procurar outros crentes profundamente desejosos de partilhar a jornada.

Minha tradução predileta de vida em comunidade é a de um grupo de pessoas que escolhem caminhar juntas durante um pequeno trecho da jornada, cultivando amizades estreitas e aprendendo juntas a ouvir Deus.

NÓS NÃO DEVERÍAMOS ESTABELECER UM COMPROMISSO COM DETERMINADA INSTITUIÇÃO?

A idéia de compromisso com determinada instituição é repetida com tamanha freqüência que a maioria de nós chega a acreditar que ela se encontra em algum trecho da Bíblia. Mas eu nunca a encontrei. Muitos de nós fomos levados a crer que se não tivéssemos a “cobertura do grupo” cairíamos no erro ou em pecado. Mas será que isso não ocorre também no interior da nossa igreja particular?

Sei de muita gente que, apesar de não pertencer a qualquer instituição, não só desenvolve um relacionamento em grande profundidade com Deus como estabelece com outros crentes ligações mais intensas do que as que manteria dentro da instituição. Eu não perdi nem um pouco da minha paixão por Jesus ou do meu apreço por sua Igreja. Pelo contrário, ambos aumentaram muito, e com grande rapidez, nos últimos anos.

As Escrituras nos encorajam, isso sim, a sermos devotados uns aos outros, independentemente de qualquer instituição. Jesus deu a entender que sempre que duas ou três pessoas se reunirem em Seu nome Ele estará entre elas.

Claro que pode ser útil participar regularmente de determinada instituição. Mas nos enganamos totalmente quando acreditamos que a comunhão só se dá por freqüentarmos o mesmo evento juntos regularmente ou por pertencermos à mesma organização. A comunhão se dá quando as pessoas partilham suas jornadas rumo ao conhecimento de Jesus e consiste numa partilha livre e honesta, numa preocupação genuína com o bem dos outros e o estímulo mútuo para seguir Jesus, não importando o caminho pelo qual Ele nos conduza.

MAS AS NOSSAS INSTITUIÇÕES NÃO NOS LIVRAM DO ERRO?

Sinto discordar, mas toda grande heresia que oprimiu o povo de Deus nos últimos 2 mil anos proveio de grupos organizados com “líderes” que achavam que detinham com exclusividade o conhecimento da mente de Deus. Nessas instituições, cada movimento de Deus em direção aos que tinham verdadeira fome Dele era praticamente rejeitado. Muita gente foi excomungada ou executada por seguir Deus.

Se é na instituição que você espera obter segurança, receio que esteja sumamente equivocado. Jesus não nos disse que “ir à igreja” no salvaria, mas que confiar Nele, sim. Deu-nos uma unção do Espírito para que pudéssemos saber a diferença entre verdade e erro. Essa unção é cultivada à medida que aprendemos Seus caminhos com base em Sua palavra e vamos crescendo mais próximos ao Seu coração. Isso nos ajuda a reagir quando certas expressões da igreja a que pertencemos se tornam impeditivas da obra de Jesus em nós.

ISSO SIGNIFICA QUE AS CONGREGAÇÕES TRADICIONAIS ESTÃO ERRADAS?

Absolutamente! Tenho encontrado em muitas delas gente que ama Deus e está buscando crescer em Seus caminhos. Costumo visitar todo ano umas 20 congregações diferentes que me parecem muito mais centradas no relacionamento do que na religião. Jesus está no centro de sua vida comunitária, e os que atuam como líderes são verdadeiros servos e não fazem jogo político de controle e manipulação, de maneira que todos são incentivados a se cuidar reciprocamente.

Rezo para que mais pessoas se renovem assim na paixão por Jesus, na preocupação genuína com os outros e no desejo de servir o mundo com o amor de Deus. Mas creio que devemos admitir que ainda são exemplos raros em nossas comunidades. Muitas resistem por um curto período de tempo, para depois, mesmo inconscientemente, passarem a oferecer respostas institucionais às necessidades dos seus membros, em vez de permanecerem dependentes de Jesus. Quando isso ocorre, não se sinta condenado caso Deus não o conduza junto com elas.

ENTÃO EU DEVERIA DEIXAR DE IR À IGREJA?

Receio que essa pergunta também esteja mal colocada. Não creio que você vá à igreja mais do que eu. Todos somos parte dela. Faça sua parte da forma como Jesus lhe pede e nos lugares onde Ele o coloca. Nem todos nos desenvolvemos no mesmo ambiente.

Se você se reúne com um grupo de crentes numa hora e num lugar determinados, e se essa participação o ajuda a ficar mais próximo de Jesus e de seguir a obra Dele em você, eu não acho, de modo algum, que deva sair. Tenha em mente, porém, que essa não é a Igreja, mas apenas uma das muitas expressões dela no local onde você vive.

Não se deixe enganar achando que só porque freqüenta as reuniões está experimentando a autêntica vida em comunidade. Esta só acontece quando Deus o conecta com um punhado de irmãos e irmãs com quem você é capaz de construir amizades estreitas e compartilhar os verdadeiros desafios dessa jornada.

Isso pode se dar em congregações tradicionais, como também fora delas. Nos últimos sete anos eu me deparei com centenas, se não milhares, de pessoas que, cada vez mais decepcionadas com as congregações tradicionais, estão florescendo espiritualmente ao partilhar a vida de Deus com outros, na maioria das vezes em suas próprias residências.

OU SEJA: REUNIR-SE EM CASA É A RESPOSTA?

É evidente que não. Mas sejamos claros: por mais agradável que seja participar de cultos em grandes ambientes e ter mentores talentosos, o autêntico prazer em comunidade não pode ser partilhado em grupos excessivamente grandes. Durante seus primeiros 300 anos a Igreja primitiva encontrou nas casas o lugar perfeito para se reunir. Os lares são muito mais adequados à dinâmica familiar, que é como Jesus descrevia Seu corpo.

Mas reunir-se em casa não é a solução. Participei de algumas reuniões caseiras bastante problemáticas e encontrei em instalações convencionais grupos que partilhavam uma genuína vida em comunidade. Mas eu pessoalmente prefiro grupos menores que se reúnem em casa. Sei que isso não é muito comum hoje em dia, pois as pessoas consideram mais fácil frequentar um culto tradicional, com seus cantos e rituais, e depois ir para casa, sem nunca ter que se abrir a respeito da própria vida ou demonstrar interesse pela jornada de outras pessoas.

O que verdadeiramente me importa é que não é onde ou como as pessoas se reúnem, mas se elas se concentram ou não em Jesus e se de fato ajudam-se umas às outras para se tornarem como Ele. A questão aqui é sobretudo a qualidade do relacionamento. Estou sempre em busca de pessoas assim e me regozijo quando as encontro. Em nossa nova casa em Moorpark, nós conhecemos alguns companheiros e temos esperança de encontrar outros mais.

VOCÊ ESTÁ REAGINDO A ALGUMA DOR?

Talvez sim, só o tempo dirá, mas honestamente não acredito. Qualquer um que se envolva com a verdadeira vida em comunidade poderá eventualmente se machucar. Mas há duas espécies de ferida. Há o tipo de dor causada por um problema que pode ser tratado com os cuidados corretos – como um tornozelo gravemente torcido – e há aquele tipo de dor que só pode ser reparada com afastamento – como quando alguém põe a mão num ferro quente.

Possivelmente todos nós já experimentamos alguma espécie de dor ao tentar adequar a vida de Deus às instituições. Durante bastante tempo muitos se mantiveram nelas, na esperança de que, mudando algumas coisas, tudo iria melhorar. Embora possamos ter tido algum êxito em certos momentos de renovação, acabamos descobrindo que a adaptação que toda instituição exige é incompatível com a liberdade de que as pessoas necessitam para crescer em Cristo. Isso ocorreu com quase todos os grupos que se constituíram ao longo da história do cristianismo.

VOCÊ ESTÁ EM BUSCA DA IGREJA PERFEITA?

Não, e não acredito que venha a encontrá-la neste lado da eternidade. Minha meta não é buscar a perfeição, mas encontrar gente que faça de Deus sua prioridade.

Confesso que me sinto profundamente incomodado com a situação em que se contra o cristianismo institucional. Boa parte do que hoje chamamos de “igreja” não passa de uma encenação bem planejada, com pouquíssima ligação efetiva entre os fiéis. Estes são muito mais estimulados a depender cada vez mais do sistema ou de seus líderes do que do próprio Jesus. Gastamos mais energia adaptando nosso comportamento àquilo que de que a instituição necessita do que ajudando as pessoas a se transformarem!

Cansei de tentar estabelecer uma comunhão com gente que conhece a “igreja” apenas como um lugar onde um grupo passa duas horas por semana expiando a culpa, enquanto vive o restante da semana com as mesmas prioridades mundanas. Cansei daqueles que exaltam as próprias obras piedosas, mas que não demonstram compaixão pelos outros. Cansei de gente insegura que usa o corpo de Cristo como uma extensão de seus egos e que manipula a comunidade para satisfazer as próprias necessidades. Cansei de sermões que contém mais regras e moralismo do que a liberdade do amor divino e nos quais os relacionamentos ficam em segundo plano perante as demandas da instituição.

MAS SERÁ QUE NOSSAS CRIANÇAS NÃO PRECISAM DE ATIVIDADES NA IGREJA?

Eu diria que o que elas precisam realmente é ser integradas à vida de Deus por meio da comunhão com os demais fiéis. Noventa e dois por cento das crianças que freqüentam regularmente as escolas dominicais dotadas de todo tipo de entretenimento sofisticado abandonam a “igreja” quando deixam a casa dos pais. Em vez de encher nossos filhos de regras morais e regulamentos, precisamos mostrar-lhes como viver juntos na vida de Deus.

Os próprios sociólogos nos dizem que o principal fator que leva uma criança a florescer em sociedade é possuir amizades pessoais profundas com outros adultos além de seus parentes próximos. Nenhuma escola dominical é capaz de cumprir essa função. Conheço uma comunidade na Austrália cujas famílias, após 20 anos compartilhando a vida de Deus, podem dizer que nem uma única de suas crianças abandonou a fé na idade adulta. Sei que estou remando contra a maré, mas é muito mais importante que nossos filhos experimentem a verdadeira comunhão entre fiéis do que a badalação de um programa para crianças bem comportadas.

QUE DINÂMICA DE VIDA EM COMUNIDADE VOCÊ PERSEGUE?

Estou sempre em busca de gente que esteja tentando seguir o Cristo vivo. Ele está no centro das vidas, das atenções, das conversas dessas pessoas. Elas parecem autênticas e deixam as demais livres para questionar, duvidar, discordar e para seguir a voz do Senhor sem serem acusadas de rebeldia ou de separatismo. Busco gente que não desperdice seu dinheiro em construções extravagantes ou em programas feitos para impressionar. Procuro pessoas que se sentem em comunhão, mesmo quando estão ao lado de estranhos. Vou em busca de grupos em que todos participam ativamente e não são meros assistentes passivos colocados a uma distância segura do chamado líder.

DESSE MODO VOCÊ NÃO ESTARÁ DANDO ÀS PESSOAS UM PRETEXTO PARA QUE FIQUEM EM CASA SEM FAZER NADA?

Espero que não, mesmo sabendo que esse risco existe. Compreendo que algumas pessoas que abandonam as congregações tradicionais acabem se acomodando e se omitindo de qualquer vida eclesial. Também não sou a favor de quem fica por aí, pulando de igreja em igreja, atrás da última moda ou da melhor oportunidade para satisfazer seus desejos mais egoístas.

A maior parte das pessoas que encontro e com quem falo, porém, não está fora do sistema por ter perdido a paixão por Jesus ou por Seu povo, e sim porque as congregações tradicionais mais próximas não foram capazes de lhes satisfazer a fome de relacionamento. Estão em busca de expressões autênticas de vida em comunidade e pagam um preço altíssimo para alcançá-las. Pode acreditar em mim: todos nós acharíamos mais fácil nos deixarmos levar pela maré, mas, depois de experimentarmos a comunhão viva entre fiéis fervorosos, é impossível nos conformarmos com menos.

ESSA CONCEPÇÃO DE IGREJA NÃO CRIARIA UMA DIVISÃO?

Não acho. As pessoas criam a divisão ao exigir que as demais se adaptem à sua própria revelação da verdade. Muitos de nós, na jornada, somos acusados de promover a divisão porque a liberdade pode ser ameaçadora para quem encontra segurança num sistema religioso fechado. Mas a maioria de nós não está tentando convencer outras pessoas a abandonarem suas congregações. Consideramos a comunidade cristã grande o bastante para acolher o povo de Deus, seja qual for a maneira pela qual Ele o reúna.

ONDE SE PODE ENCONTRAR ESSA ESPÉCIE DE COMUNHÃO?

Não há uma reposta fácil para essa pergunta. Essa comunhão pode estar bem à sua frente, vivida com companheiros com quem você partilha livremente a vida. Pode estar na sua rua ou na mesa ao lado da sua no ambiente de trabalho. Você também pode se engajar em atividades assistenciais que beneficiam os mais necessitados e carentes do seu bairro como forma de colocar em prática a vida de Deus em você, e aí encontrar outras pessoas com fome semelhante à sua.

Não espere que essa espécie de comunhão se dê facilmente dentro de uma organização. Olhe em torno e talvez você descubra que Jesus o guiou até onde há comunhão. Acredite nisso e Ele reunirá meia dúzia de companheiros com os quais você possa compartilhar a jornada. Talvez eles não pertençam à sua congregação. Serão vizinhos ou colegas de trabalho que estão seguindo Deus.

Não espere que isso seja fácil ou que ocorra tranquilamente. Ser obediente a Jesus demandará certas decisões específicas de sua parte. Descartar velhos hábitos e ser livre para permitir que Ele erga sua comunidade em torno de você exigirão alguma preparação, mas valerá a pena. Sei que incomoda a certas pessoas o fato de eu não tomar meu assento num banco de igreja todo domingo de manhã, mas posso lhe garantir, com absoluta certeza, que meus piores momentos fora da religião institucional são, ainda assim, melhores do que meus melhores dias dentro dela. Para mim, a diferença é como ficar escutando alguém falar de golfe ou juntar alguns tacos e sair para jogar. Hoje não precisamos mais ficar falando sobre Igreja. Precisamos é de gente preparada para viver a realidade dela.

Ultimamente as pessoas no mundo inteiro vêm redescobrindo como fazer isso. Você pode ser uma delas, se permitir que Jesus o integre à Sua comunidade tal como Ele deseja.

Wayne Jacobsen

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  5. Olá querido amigo e irmão. Li o livro atenciosamente e pensei profundamente levando em consideração sobre o significado de cada frase. É sobre um tema que muito me interessa, pois lida com a dinâmica do nosso relacionamento com Deus e também com outros cristãos. É inegável que dentro de uma igreja cristã organizada existem problemas a serem resolvidos, dificuldades a serem vencidas, situações a serem mudadas, muitos significados a serem redefinidos, isto é fato, sou testemunha e parte destas realidades e problemas.
    Certamente não sou o dono da verdade e tenho muito, mas muito mesmo a aprender, mas depois de ler todo o livro, cheguei a conclusão que: A) Eu concordo com o autor que a igreja cristã tem muitos problemas; B) Eu discordo com o autor quanto a forma de lidar com as realidades e dificuldades da igreja cristã. De forma alguma quero parecer insensível com a dor e as feridas de quem sofreu experiências e decepções na igreja cristã organizada, pois eu também já fui machucado e tive muitas lutas e períodos de dor, junto ao povo de Deus, todavia, como já disse, a percepção do significado disto e a decisão de como passar por estas experiências, é onde diferimos. Gostaria que se possível você dedicasse um tempo, aos poucos, para ler este escrito, com todo o direito de concordar ou discordar, em parte ou até totalmente. Desde já quero pedir perdão sobre o tamanho que o meu texto acabou ficando, não era minha intenção. Quero humildemente colocar as observações que faço sobre o livro:
    • (1) Na pg. 29, da metade da folha ao fim, ele levanta o assunto de Ap 2, a carta à igreja de Éfeso, e então na Pg. 30, no 1° parágrafo, ele conclui sugerindo que “É possível alguém concentrar-se de tal maneira no trabalho para Jesus que acaba perdendo de vista quem ele realmente é”, a partir desta carta de João à igreja de Éfeso. Sim, é verdade que é possível acontecer isto, e pelos mais variados motivos; todavia não há nada neste texto (Ap 2.1-7) que demonstre que este era o caso. A conclusão foi equivocada porque o texto acabou sendo forçado. O texto não trata especificamente o que foi que os levou a abandonar o 1° amor, e muito menos sugere que foram seus compromissos eclesiásticos.

    • (2) Na pg. 31, no final do 1° parágrafo, o autor afirma que “a cooperação das pessoas com os programas da igreja distanciam elas da vida com Deus...levando-as a se tornarem crentes entediados e desiludidos, repetindo gestos e rituais vazios da vida com o Pai.” O autor não percebeu que não são os cultos e as programações que nos distanciam de Deus, mas o coração do homem se afasta de Deus por diversos motivos que não há necessidade de colocar aqui, é uma lista que não tem fim. Ele aponta a instituição como a origem do problema, mas na verdade, se origina do nosso corrompido coração humano. Não faz sentido, nem na prática, nem na teoria, crer que a fome e a sede de Deus, o 1° amor, se esvaem em função de cultuarmos num templo ou sermos uma unidade de forma organizada.

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  6. • (3) Na pg. 38, aproximadamente da metade da folha em diante o escritor fala sobre a frase “Alegrei-me quando me disseram: vamos á casa do Senhor” Sl 122.1, fixada na escolinha infantil da igreja. Creio que seja improvável que o autor creia que de fato os cristãos pensam que a tenda ou o templo do AT, corresponda hoje a alguma estrutura física de igreja cristã. Logo, é preciso separar os fatos: 1°) Concordo que este é o texto errado, se alguém quer usá-lo para afirmar sua alegria de cultuar á Deus com os irmãos num templo ou igreja física, fazendo conexão com o significado do templo do AT. 2°) Usando os textos corretos, é legítimo afirmar que podemos ser cheios de alegria em nos reunirmos em unidade, seja em qualquer lugar, numa praça, numa casa, numa fazenda, inclusive no local físico que também convencionamos chamar de igreja, sem problema algum. E isto me parece profundamente bíblico, porque a Igreja de Cristo tem o seu aspecto de Igreja invisível, espalhada no tempo e espaço, está em todo momento e em todo lugar (1 Co 12.12-13); mas também tem o aspecto de Igreja visível, unida na adoração, comunhão e no partir do pão, se reúne num determinado momento e num determinado lugar, tem sua localização geográfica definível (1 Co 1.2; 2 Co 1.1; 1 Ts 1.1). Esses dois aspectos coexistem, são faces de uma só realidade, são não anuláveis. Não podemos proclamar um aspecto e desprezar o outro, não há espaço para este pensamento na Escritura Sagrada.
    Os cristãos não vão a um lugar físico organizado pelo fato de fazer alguma conexão com a tenda ou o templo do AT, mas sim porque através da história da igreja cristã, o povo de Deus praticamente sempre se reunia organizadamente, como o próprio Senhor Jesus, que nunca deixou de ir ao templo, á sinagoga, pois quase todo sábado ele estava lá, mesmo que ela estivesse cheia de pessoas hipócritas, que lhe afrontassem, pessoas com falhas, pecadoras, pessoas que lhe perseguissem, duvidassem, armassem ciladas etc, como se pode conferir: “Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se ajuntam, e nada disse em oculto” Jo 18.20; e ainda todos os dias Jesus estava no templo ensinando, conforme Lc 19.47; também em tempos de festa Jo 7.14, 28; Lc 21.37; também ensinava na sinagoga da cidade onde tinha morado Mt 13.54; porque era seu costume, como se lê em Lc 4.16 e de manhã cedo Cristo já estava no templo: “E todo o povo ia ter com ele ao templo, de manhã cedo, para o ouvir” Lc 21.38. Cristo caminhava pelo templo: “E Jesus andava passeando no templo, no alpendre de Salomão” Jo 10.23; como também os discípulos e apóstolos costumavam estar no templo: “E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus. Amém” Lc 24.53; At 2.46. O próprio anjo ordenou que fossem testemunhar no templo, conforme se lê em At 5.19-21. Para Jesus, o templo era casa do Pai, isto fica claro no texto “passados três dias, o acharam no templo, sentado no meio dos doutores...Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai?” Lc 2.46-49; e ainda, quando Ele afirma “...não façais da casa de meu Pai casa de negócio” em Jo 2.16.

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  7. Continuação do 3- O autor comete novamente o erro na pg. 196, na pergunta: “A que igreja você vai?”, quando responde: “...falsa premissa – a de que a igreja á um lugar aonde se pode ir...” e ainda “’Igreja’ é uma palavra que não identifica um local ou uma instituição”; ele demonstra um aparente desconhecimento bíblico acerca de que na Escritura há mais de um conceito para o termo igreja. Pois dentro do aspecto de igreja visível, o texto bíblico também faz uso do termo “igreja”, referindo-se a tal como parte do corpo definido, geograficamente identificada e organizada nas cidades, como se pode ler: “E durante um ano inteiro reuniram-se naquela igreja e instruíram muita gente; e em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos” At 11.26; e “E passou pela Síria e Cilícia, fortalecendo as igrejas” At 15.41; e “Assim as igrejas eram confirmadas na fé...” At 16.5; e ainda “...o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios” e “Todas as igrejas de Cristo vos saúdam” respectivamente em Rm 16.4 e 16. “Somente ande cada um como o Senhor lhe repartiu, cada um como Deus o chamou. E é isso o que ordeno em todas as igrejas” 1 Co 7.17; e “nós não temos tal costume, nem tampouco as igrejas de Deus” 1 Co 11.16; e também “Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos...” 1 Co 14.33; e “...fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia” 1 Co 16.1; dentre muitos outros textos.
    • (4) Bem no meio da pg. 43, o autor cria um enredo, no qual Jake diz que decorou 153 versículos quando criança, e então João lhe pergunta: “E você acha que isto contribuiu para o seu crescimento espiritual?”. Na verdade ele está novamente usando uma técnica de tentar jogar uma coisa contra a outra, de forma que pareçam ser contrárias, quando na verdade não são. Uma boa memória bíblica (para quem a tem) não impede e tampouco atrapalha no crescimento espiritual de uma pessoa. Não há sentido em seu argumento. É a mesma técnica que ele usa na primeira e segunda linha da pg. 46, quando fala sobre “ensinar as crianças sobre Deus e o significado de ser um bom cristão ” e “ensiná-las a caminhar com Deus”; ele tenta jogar uma coisa contra a outra, como se fossem opostas, quando na verdade não precisam e nem devem ser separadas. Isso não é só desnecessário, mas profundamente perigoso.
    Ele também faz isto na segunda metade da pg. 164, quando escreve: “...As pessoas podem seguir outra pessoa além de Jesus? Vocês não percebem que já temos um líder?...” tentando jogar uma coisa contra a outra, como se fossem incompatíveis, quando ambas são realidades e aspectos de uma nova vida; pois seguir a Cristo e praticar seus ensinamentos implica em andar com outros que nos orientarão, assim como outros também buscarão orientação em nós, esta é a vontade de Cristo. Isto ecoa nas palavras de Paulo: “Admoesto-vos, portanto, a que sejais meus imitadores” em 1 Co 4.16 e “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” 1 Co 11.1, dentre outros textos; mesmo assim, ele usa essa técnica em quase todo o livro. Ele é habilidoso em jogar as palavras de forma que pareça que estamos colocando pessoas acima da Pessoa de Cristo. De igual forma ele força a realidade no 2º parágrafo da pg. 173, quando o autor escreve: “Hoje eu não trocaria minha vida em Deus por nada”, para sugestivamente levantar a ideia de que voltar a uma igreja organizada significaria abandonar, trocar Deus. São conclusões desprovidas de fundamento.

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  8. • (5) No último parágrafo da pg. 43, fica claramente demonstrado que o grande problema da vida de Jake, não é a instituição e a forma organizada de cultuar, mas seus propósitos é que estavam errados, seu coração estava doente, sua alma e sentimentos precisavam de cura, suas motivações eram carnais e egoístas, buscava as aparências, precisava ser profundamente transformado. Isso o próprio Jake confessa em diversos momentos no livro. Até o próprio João testifica que o coração de Jake está buscando as coisas erradas dizendo: “...você as está perseguindo não porque deseja conhecer Deus, mas porque quer que as pessoas pensem que você é um grande religioso” na pg. 46, na segunda metade da folha. Convém não esquecer que o fato de alguns pertencerem a uma igreja cristã e não viverem uma fé verdadeira ou não conhecerem a Cristo verdadeiramente, conforme a sua Palavra, não invalida nem interfere no fato de outros pertencerem a uma igreja cristã organizada e estruturada e viver uma fé de forma profunda, sincera e genuína. Pois pessoas hipócritas, falsas, mentirosas, enganadoras, orgulhosas, arrogantes, assim o são com ou sem igreja; com ou sem dinheiro; com ou sem curso superior etc...
    Creio que o fato de existir dinheiro falso não serve como justificativa para se deixar de usar o verdadeiro. O fato de existirem maus professores não faz sentido como justificativa para se deixar de ir á escola. O fato de existirem médicos sem ética não pressupõe justificativa para se julgar que hospitais são desnecessários. Por exemplo, a realidade de existirem maus advogados, corretores e banqueiros, não afeta a verdade de existirem bons e éticos advogados, corretores e banqueiros. Seria, a meu ver, leviano e desprovido de sentido, em função dos maus profissionais, tentar justificar a não necessidade dos Fóruns, a inutilização das imobiliárias e deixar de ir aos bancos. Precisamos saber identificar biblicamente as situações e circunstâncias, para que não venhamos a combater um erro cometendo outro ainda imensuravelmente maior. Mesmo que aparente ser bem intencionado, o pano de fundo das ideias de João demonstra ser este.
    Com esta mesma perspectiva, no último parágrafo da pg. 201, o autor escreve: “Possivelmente todos nós já experimentamos alguma espécie de dor ao tentar adequar a vida de Deus às instituições”. Aqui ele novamente confunde os atritos e sofrimentos que os seres humanos nos causam, com uma responsabilidade direta da igreja organizada. A igreja cristã não é a origem de nossas dores causadas pelos irmãos, mas sim as pessoas, nossos próprios irmãos, indiferentemente de pertencerem a alguma igreja cristã ou não. Os seres humanos são assim uns com os outros, nós somos assim, tampouco por isto pensamos em sair do mundo e abandonar o planeta. Podemos não gostar, mas fazem parte das promessas de Cristo, como: “...no mundo tereis afições...”? Jo 16.33

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  9. • (6) Na pg. 46, segundo parágrafo, está escrito “...misturado com coisas certamente maravilhosas, o que se tem aqui é um sistema de obrigações religiosas que distorce todo o restante”. Esta afirmação na verdade é a opinião que a experiência pessoal de João o conduziu. Quando João olha pra realidade da experiência de uma igreja organizada, ele vê um “sistema de obrigações religiosas”. Ainda que tenhamos compromisso com uma determinada igreja organizada, isto não tem o mesmo sentido e realidade de um “sistema de obrigações religiosas”. Qualquer uma relação social humana em todo planeta, em todos os tempos, em todos os homens sempre gera um compromisso. Por ex: se eu convido meu irmão para almoçar num determinado restaurante, existem pressupostos definidos, compromissos naturais, como: a) me organizar previamente sobre como vou chegar lá, de carro, carona, ônibus ou a pé; b) estar na hora e local marcado; c) ter dinheiro para pagar a conta; d) não estar com o estômago cheio para que possa almoçar junto no restaurante etc. Entretanto, todos estes aspectos não tornam o almoço um Sistema de Obrigação Nutricional, mas são aspectos naturais e necessários de um agradável, gostoso e prazeroso almoço junto ao irmão que amo. Toda a realidade da vida humana envolve compromisso; como também não envolveria em relação aos meus irmãos na fé e ao meu Deus? Por isso eu discordo de João, pois para mim, o que faço em relação á vida cristã na igreja organizada é gerada com prazer; um desejo íntimo e ardente me impulsiona a cada culto; é um relacionamento de amor e entrega, não um ritual vazio. Não me parece lógico, tampouco teológico, tentar definir como “obrigações religiosas”, os aspectos que envolvem nossos laços e compromissos com uma igreja e os irmãos, a partir de nossas decepções e experiências frustradas, que todos temos enquanto cristãos.
    Também na metade da pg. 183, o autor escreve: “...comparecemos regularmente aos cultos, mas raramente este é um movimento que parte do coração”, e novamente ele está falando a partir de sua experiência individual, e não por todos os cristãos, não por mim, não nos representa. Reúno-me regularmente e organizadamente com um grupo de cristãos, movido por alegria intensa, liberdade e amor.
    • (7) Na pg. 47, no meio da folha, o autor fala sobre líderes que abusam de sua autoridade, passam a mão por cima de alguns pecados quando convém, até em benefício pessoal. Isto é uma verdade, acontece algumas vezes sim. Entretanto, pessoas que dominam outras para promover seus interesses pessoais existem em todos os lugares, áreas e em todas as esferas da vida humana, exatamente por que não é um problema exclusivamente eclesiástico, mas um problema humano, o ser humano é assim, dominador e interesseiro. Certamente que esses problemas com liderança dentro da igreja não podem ser tolerados, devem ser tratados, e se não for, certamente Deus tratará com cada um naquele Dia. Todavia, certamente a solução não vem quando nos excluímos e nos afastamos totalmente da igreja organizada e pensamos que nenhuma delas serve mais, por causa deste líder corrompido.

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  10. • (8) Em vários lugares do livro, o autor usa jargões e palavras de efeito, tecnicamente pensadas, para conseguir construir uma nova realidade, desfigurando os fatos e pintando uma nova cena recheada de exageros e extremos. Por exemplo, na pg. 76, na segunda linha, Jake fala acerca da sua igreja: “sem ela sou capaz de morrer!”. Ele também força a realidade quando, na pg. 86, 1° parágrafo, ele diz: “É sempre mais fácil fazer o jogo cultural ou religioso do sistema do que descobrir quem na verdade Deus é...”. Ele coloca as coisas de uma maneira tendenciosa, pois, ao contrário do que ele diz, é muito mais difícil andar em unidade com outras pessoas falhas, onde existem atritos e opiniões diferentes, o que nos oportuniza e nos exige a exercer o perdão, amor e humildade constantemente.
    Da mesma forma ele força os fatos na pg. 132, no meio da página, levantando a questão da seguinte forma: “Mas é isso que estamos procurando. Achávamos que se encontrássemos a igreja certa alcançaríamos a relação com Deus que tanto buscamos...”; ele força os fatos com articulação de palavras, pois sabemos que ninguém espera alcançar uma comunhão com Deus que tenha origem em um modelo de igreja cristã, em outras palavras, algo que tenha origem no homem. Também na pg. 196, na pergunta “Você não estará apenas tentando escapar da pergunta?” ele conclui que perdemos o significado da palavra igreja ao usá-lo “apenas” para designar cultos semanais e a instituições. Ora, fica evidente o quanto ele força novamente a realidade, pois é mais do que óbvio que os cristãos que conhecem a escritura não usam o termo igreja “apenas” para designar cultos semanais e a instituições.
    No último parágrafo da pg. 201, o autor faz outra declaração falsa e profundamente radical, ao dizer: “...a adaptação que toda instituição exige é incompatível com a liberdade de que as pessoas necessitam para crescer em Cristo”. Então nesses 2 mil anos de história da igreja cristã, ele, o autor, é o que detém o novo e correto modelo que libertará o povo de Deus para o crescimento em Cristo?
    • (9) Na primeira metade da pg. 82, o autor coloca a questão da restauração espiritual/pessoal, da seguinte maneira: “Quem é que pode se tratar no próprio local do acidente? Para curar um ferimento é preciso de um hospital ou um médico”. Estas ilustrações que ele usou são situações totalmente adversas, diferentes. Não se pode generalizar os casos. Conforme a circunstância, também concordo que convém que a pessoa procure outro lugar para congregar, será mais sábio e prudente. Todavia, há muitas situações em que precisamos, não mudar de igreja, mas ser confrontados com verdades concernentes á nossa vida, deixar trabalhar no nosso orgulho, arrependermos de nosso pecado e abandonar nossa auto suficiência, como processo de cura e restauração. Precisamos levantar e restaurar de onde caímos. No caso de Ap 2.5, Jesus não disse para eles saírem da igreja de Éfeso e irem para a igreja de Filadélfia ou de Tiatira, ou ainda desistirem de frequentar qualquer igreja; mas ele disse para “lembrar-se de onde caiu, arrepender-se e voltar á pratica das primeiras obras”.

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  11. • (10) Na pg. 97, no 2° parágrafo, o escritor coloca: “Os primeiros cristãos se encontravam nas casas uns dos outros. Não construíram enormes organizações”, assim como coloca o assunto da mesma forma até a metade da pg. 127, onde pergunta: ”Não é verdade que a igreja dos primeiros tempos se encontrava apenas nas casas, sobretudo depois que se espalhou para além de Jerusalém?”. O autor parece desconsiderar a história da igreja cristã, a partir das narrativas bíblicas, dando a impressão de que apenas nas casas é a forma biblicamente correta (lembrando que eu e minha esposa servimos aos irmãos em um encontro semanal em uma casa, o qual chamamos de célula). Mas não podemos nos esquecer que através dos tempos houveram vários formatos de evangelismo e discipulado. Deus não deixou na Escritura uma forma definida, mas sim um conteúdo definido. O formato varia de lugar pra lugar, de um tempo para outro tempo, mas o que continua inalterado é o conteúdo. Vejamos algumas observações: (A) Em um primeiro momento Jesus envia estrategicamente seus discípulos de dois em dois, para irem, possivelmente, de casa em casa, nas cidades (Lc 10.1). (B) Mais adiante, no princípio da igreja em Jerusalém, os irmãos permaneciam juntos no cenáculo (At 1.13); viviam juntos (At 2.44-46); tinham tudo em comum (At 4.32-37); e costumavam reunir-se no Templo, na parte chamada Pórtico de Salomão, assim como ensinavam também nas casas (At 5.12,42); (C) A partir da dispersão da igreja, eles pregavam por toda parte, não tinham uma casa ou um local definido (At 8.4,25); iam anunciando em lugares diferentes e Deus ia salvando ao mesmo tempo em que se iam estabelecendo igrejas locais (At 11.19-26), e as reuniões começaram a ser nelas. Consoante neste contexto, Paulo gerava, fazia discípulos por toda parte e em cada igreja (1 Co 4.15-17) e assim as igrejas iam crescendo e se fortalecendo (At 16.4-5).
    A partir destes textos bíblicos, pergunto ao autor, como que com todo este povo se convertendo e sendo uma igreja por cidade, caberiam todos em suas reuniões se não fossem enormes e lugares organizados? Fica evidente que a ênfase não está no “onde”, mas em “quem” (Jesus) os unia. É fundamental entendermos que estes textos que mencionei acima, não são textos normativos, prescritivos, isto é, como quando um médico prescreve uma receita e você precisa necessariamente cumprir fielmente suas orientações. Mas são textos narrativos, descritivos, isto é, estão apenas descrevendo a experiência vivida pelos primeiros cristãos. Podem nos servir como um referencial, mas não nos foram dados como uma regra.

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  12. • (11-A) O autor afirma no final da pg. 100: “Os sistemas religiosos também precisam pôr em prática o jogo da aprovação”; e novamente, de forma errônea ele generaliza as igrejas organizadas, sem identificar que o problema, em si, é o ser humano corrompido e doente, seja em qualquer área, setor ou esfera, conforme já conversamos anteriormente. Na verdade o autor manifesta sua crítica á igreja organizada e institucionalizada durante todo o livro, ás vezes de forma mais sutil, ás vezes de forma mais evidente. Mas quando olho pra Escritura, não entendo como alguém pode ver problema no fato de uma igreja cristã, por exemplo, atender as atuais disposições legais do presente tempo, ao dispor de um CNPJ, alvará, estatuto ou outros documentos que a legalize e a autorize, diante das autoridades constituídas, seja a nível municipal, estadual ou federal, obedecendo e estando de acordo com as leis da terra. Isto está claro e normativo nas Escrituras, pois conforme o apóstolo Paulo:
    “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação” Rm 13.1-2 e ainda: “Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa da ira, mas também por causa da consciência. Por esta razão também pagais tributo; porque são ministros de Deus, para atenderem a isso mesmo. Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra” Rm 13.5-7; pois Paulo não apenas nos ensina a estarmos debaixo das leis e autoridades terrenas, como também ele próprio se sujeita e as obedece, conforme em sua defesa, ele disse em At 25.8: “Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César”.
    “Adverte-lhes que estejam sujeitos aos governadores e autoridades, que sejam obedientes, e estejam preparados para toda boa obra...” Tt 3.1; e também Pedro confirmou que Cristo pagava seus impostos em Mt 17.24-25; e ainda o próprio Senhor Jesus ordenou que fossem atendidas as disposições das leis do império Romano, em sujeição ao tributo, para não gerar escândalo, dizendo a Pedro: “...vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir e, abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-lho por mim e por ti” em Mt 17.27.
    Por isso, a igreja do Senhor, deve ser organizada e agir de acordo com as leis da terra, e nesse processo é natural que ela desenvolva seu modo de proclamação, seu sistema de organização, seu formato eclesiástico etc. Esta ordem e decência que deve existir nos cultos e na administração dos dons, certamente também é um princípio que deve refletir em todas as áreas e esferas da vida do povo de Deus, enquanto aqui na terra estiver. A Igreja de Cristo não é uma anarquia, onde cada um pode fazer o que bem parece aos seus olhos, conforme o triste e lamentável episódio, evidenciado em Jz 17.6.
    Problemas, erros e falhas humanas existem em qualquer área ou esfera de atuação humana, é impossível que isto não ocorra, em função do coração humano ser muitas vezes falho e errante. A igreja cristã, por ser administrada por seres humanos, logicamente tem suas falhas e excessos. O problema não está na organização ou institucionalização em si, mas se encontra arraigado no profundo do coração do homem.
    Gostaria de deixar bem claro, que de forma alguma sou um proclamador da institucionalização da igreja cristã; ou alguém que defende que a igreja necessariamente tem que dispor de uma estrutura para ser igreja; ou ainda alguém que crê que Deus somente se move dentro do nosso sistema ou formato de ser igreja; não, não penso assim em hipótese alguma. Tanto a institucionalização, como uma grande estrutura, ou ainda nossos sistemas, tem falhas, dificuldades e por vezes erramos sim, assim como por outro lado, também tem muitos benefícios, e por muito mais vezes, acertamos.

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  13. • (11-B) É importante lembrar que na Bíblia Sagrada há uma elaboração de preceitos definidos, princípios estabelecidos, que regem e orientam o povo de Deus, segundo a Sua vontade. Por isto, desde seu início, a Igreja de Cristo se define, se estrutura, para poder de forma ordeira e organizada, desempenhar seu papel aqui na terra, cumprir seu chamado. Estes princípios ficam claro na Escritura, pois:
    *A igreja deve se reunir ordenadamente para cultuar a Deus: “Que fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” 1 Co 14.26, até o versículo 40, onde conclui com a exigência de “decência e ordem”, no contexto do culto, da reunião. Em todas as coisas Deus deseja ordem, por isso Paulo diz a Tito “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem o que ainda não o está...” Tt 1.5.
    *A igreja deve ter organização e critérios no auxílio aos necessitados, conforme At 6.1-6, pois na medida em que a igreja cresce, a demanda de organização e estrutura é naturalmente (e talvez proporcionalmente) maior e necessária, como se lê no verso 1: “crescendo o número dos discípulos”; o que fez aumentar as situações adversas: “houve uma murmuração dos helenistas contra os hebreus” v.1; por isso necessitou de convocação v.2; análise v.2; escolha v.3; critérios v.3; encargo v.3; decisão v.4; eleição v.5; apresentação v.6 e consagração v.6. Verificando apenas estes 6 versículos, já fica demonstrado que a igreja cristã sempre fez uso de critérios, com ordem e princípios; assim como se lê “Não seja inscrita como viúva nenhuma que tenha menos de sessenta anos, e só a que tenha sido mulher de um só marido’’ 1 Tm 5.9.
    *A igreja tem orientação quanto á oração pelos enfermos: “Está doente algum de vós? Chame os presbíteros da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor...” Tg 5.14.
    *A igreja cristã elegia presbíteros, líderes, nas diferentes localidades: “E, havendo-lhes feito eleger presbíteros em cada igreja e orado com jejuns...” At 14.23; assim como também “...que em cada cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei...” Tt 1.5.

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  14. Continuação 11B- *As escolhas destes líderes das igrejas demandavam critérios muito bem traçados: “alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, tendo filhos crentes que não sejam acusados de dissolução, nem sejam desobedientes. Pois é necessário que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro de Deus, não soberbo, nem irascível, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, temperante; retendo firme a palavra fiel...” Tt 1.5-9.
    *A igreja reunia-se em “assembleia” quando tinha uma demanda doutrinária, o que também acaba demonstrando que existia uma hierarquia originada de Jerusalém, como se lê em At 15.1-20.
    *Se necessário, emitia-se uma circular oficial com a tomada de decisões importantes para que fosse obedecida também nas demais igrejas At 15.22-30.
    *Jesus instituiu a ceia para que seus discípulos comessem o pão e o cálice da aliança regularmente, em memória dele, prescrito em Lc 22.14-20. E assim a igreja fazia, como lemos “e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão...” At 2.42; e também “tendo-nos reunido a fim de partir o pão...” At 20.7; e ainda “Porventura o cálice de bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos, não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?” 1 Co 10.16. Desde o início, a igreja de Cristo também chama este ato de “ceia do Senhor”, como se verifica em 1Co 11.20, dada a sua natureza.
    *Existiam normas para a participação da ceia do Senhor, como fica evidente em 1 Co 11.17-34.
    É importante lembrar que todos estes exemplos acima citados se passam poucos anos depois do Pentecostes e séculos antes de Constantino e seu decreto, ou infiltração de qualquer elemento da filosofia grega na igreja. Sim, desde seu início a igreja do Senhor Jesus já tinha seus ofícios, sistema de disciplina, estava muito bem organizada, tinha suas confissões de fé, credo apostólico, uma hierarquia definida, culto, ceia regulares etc.
    É quase uma questão de bom senso perceber que para a existência e manutenção da Igreja, conforme ela cresce, é necessário um mínimo de estrutura organizada e normas que não só nos delimitem, mas também nos apontem para avançarmos, conforme os textos acima citados.
    Sem dúvida, não são os aspectos institucionais que definem a igreja de Cristo, da mesma forma que também a falta de estrutura e organização não a torna legítima ou mais correta. Acredito que a Igreja tem seus devidos aspectos institucionais, seu modo de proclamação, seu sistema de organização, seu formato eclesiástico e etc; e isto me parece muito natural á luz da Escritura.
    • (12) O autor demonstra uma grande ferida não curada também através da linguagem desnecessária e lamentável, totalmente tendenciosa, sem aparentar ter um mínimo de respeito aos seus irmãos ou temor á Deus, colocando termos como “...malditas igrejas”, na pg. 128, no terceiro parágrafo; assim como quando se refere a igreja organizada, mencionada como “essa gente” na linha 22 da pg. 177. Amar a igreja invisível é fácil, você não a vê, e nela ninguém peca contra você. Mas a prova de que amamos a Deus também está em amar a igreja visível: "...pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê" 1 Jo 4.20. Por isso, não faz sentido, não é razoável dizer á Cristo: Sou seu amigo, mas não suporto a sua noiva.

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  15. • (13-A) No final da pg. 132, ele narra um diálogo: “Como vamos saber viver na vida de Deus se não houver alguém para nos mostrar? - Foi aí que a religião causou seu pior estrago” e no início da pg. 133, segue o assunto: “Mas podemos fazer isso sozinhos? Não precisamos de ajuda? – perguntou Marsha. – Quem falou que vocês estão sós? Jesus é o caminho para o Pai”, e ainda no meio da mesma página: “Mas as pessoas que só ‘seguem Jesus’ viveriam independentemente do grupo? – quis saber Marvin. – Você acha que isso é possível? – Você não?”. Fica nítido que o autor usa novamente a técnica de jogar uma verdade contra a outra a fim de tentar enfraquecer ou negar uma delas, no caso, ele lança nossa dependência de Deus, contra a importância, necessidade e propósitos de andarmos juntos, em unidade, quando na verdade, uma coisa apoia e dá sentido á outra. O autor transmite esta ideia em muitos momentos no livro, e o grave desta ideia é que ele indiretamente proclama uma independência da unidade, do vínculo e da comunhão em relação ao corpo de Cristo, o que não é saudável, conveniente e nem bíblico, pois devemos ter comunhão com Deus e com nossos irmãos (1 Jo 1.3). O livro pressupõe o pensamento de Caim: “...por acaso sou quem guarda o meu irmão?” Gn 4.9, que significa “que comprometimento, que responsabilidade tenho eu com meu irmão?”. Quando Jesus nos ordena a ir e fazer discípulos, fica claro que isto implica em discipulado, há um vínculo, uma real conexão. O samaritano do capítulo 10.30-37 de Lucas se comprometeu com o próximo caído, pois o samaritano entendeu que a vida daquele homem caído dependia dele; é uma situação de dependência em relação ao próximo e vice versa, não acima de Deus, mas pela própria vontade de Deus.
    O texto bíblico nos demonstra que desde o início da igreja, ela sempre andou junta, em comunhão (At 2.42; 1 Jo 1.7); sempre existiu uma preocupação e contato entre os cristãos (At 15.36); devendo uns aos outros a oração e a confissão (Tg 5.16); e isto evidentemente implica em aliança e comprometimento (Gl 5.14); que nos leva a ajudar e se envolver profundamente, de forma responsável, com nossos irmãos em Cristo (Gl 6.2); implicando em conexão, ligação e certa medida de dependência, sim, assim como o coração depende do cérebro e vice versa, assim como as pernas dependem da coluna e vice versa; sendo “membros uns dos outros” (Rm 12.5); sujeitando uns aos outros em humildade (1 Pe 5.5); mesmo que toda esta relação pudesse custar um preço alto, ainda a própria vida (1 Jo 3.16).

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  16. Continuação 13A- Com o mesmo pensamento, no início da pg. 198, o autor constrói uma pergunta: “Nós não deveríamos estabelecer um compromisso com determinada instituição?”. Ele na verdade construiu a pergunta de forma errada, porque seus pressupostos estão errados. Em vez de ler “instituição”, deveria-se ler “grupo de cristãos organizados, parte do corpo reunida”, que correspondem as perspectivas bíblicas para a igreja, como corpo de Cristo na Terra, onde, em unidade, se encontra a diversidade dos dons, batismo, santa ceia, matrimônio, funeral, pregação do evangelho, evangelismo, amparo, exortação, edificação, consolo etc... Estar aliançado com Deus, reflete e implica no compromisso de estar aliançado com nossos irmãos.
    Vamos refletir com sinceridade: Como alguém que se auto isola toma a ceia do Senhor? Alguém só se batiza? Quem faz o necessário ato fúnebre? Quem oficializa o casamento perante Deus? Quem corrige e orienta olhando nos olhos quando é preciso? Quem andando sozinho pode ser consolado e abraçado quando necessário? Quem dá as mãos em oração na intercessão? Quem unge o doente na hora da enfermidade? Nada substitui a unidade da Igreja de Cristo. Sob hipótese alguma o “relacionamento social” (por exemplo, da pg. 160 e 161) que ele sugere em muitos momentos no livro, substitui a necessária comunhão e vínculo cristão. O relacionamento não pode vir antes da doutrina de Cristo, pois a teologia não vem do relacionamento humano ou social, mas o nosso relacionamento humano é orientado e aprumado a partir da teologia, da Escritura, assim como nosso relacionamento com Deus. Este contato social é bom e tem seu valor, e qualquer clube social preenche bem esta demanda, porém é definitivamente infrutífero para satisfazer as necessidades espirituais, as demandas e os aspectos da unidade; e é exatamente por isso, que a bíblia ordena que o corpo se reúna, e que esta reunião tenha, dentre outros: salmo, doutrina, revelação, língua, interpretação (1 Co 14.26). É desconsiderando estas verdades que ele consegue fazer afirmações como: “Eu não diria que precisamos de reuniões”, como se pode verificar na pg. 197, na primeira linha da resposta à pergunta: “Mas não precisamos de reuniões regulares?”. Sim, precisamos, é bíblico e necessário.

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  17. • (13-B) Ainda na sequência desta mesma frase, na pg. 197, o autor confunde o que é exceção, com a plena vontade de Deus (a qual encontramos nas linhas e entrelinhas da Escritura), quando ele diz: “Se vivêssemos num lugar onde não fosse possível estar com outros fieis, Jesus certamente seria capaz de cuidar de nós”. Ele usa um jogo de palavras de forma que constrói uma sentença óbvia, evidente; pois Jesus pode cuidar de nós em qualquer lugar e em qualquer circunstância. Ele fala apenas parte da verdade, omitindo o restante, pois estas situações são exceções. Cristãos vivendo isoladamente sempre existiram em lugares remotos e de perseguições através dos tempos, todavia esses cristãos não desejavam que fosse assim, mas clamavam e clamam para que Deus possa mudar esta circunstância. Todavia, esta não é a vontade de Deus; e esta é a parte que ele omitiu, para poder criar uma frase de efeito. Um assunto é regra, o outro é exceção. A dinâmica da vida cristã pressupõe contato com o todo, se possível; não contato com apenas alguns ou consigo mesmo, se preferível.
    Não tem apoio bíblico algum a ideia de um cristianismo isolado, como se lê: “Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria” Pv 18.1; e também “Não deixando a nossa congregação [lit.: reunião], como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” Hb 10.25 (colchete meu). A parábola do servo prudente e do servo mau em Mt 24.45-51, deixa bem claro que os servos bons não saíram de dentro de casa por causa dos servos maus e do “sistema” daquela casa, mas o Senhor a seu tempo, tratou com cada um que estava na casa. Percebemos também que é um ponto notório que na parábola da dez virgens, em Mt 25.1-13, as cinco virgens prudentes permaneceram juntas com as cinco virgens néscias, loucas, até a ocasião do retorno do noivo. Elas, “saíram ao encontro” juntas (v.1), e “todas aquelas”; ”se levantaram e prepararam as suas lâmpadas” (v.7). As cinco prudentes não decidiram andar só e se separar das outras cinco, por certo, sabiam que caberia apenas ao Noivo a análise e constatação de quem de fato estaria apto para as bodas ou não.
    Da mesma forma se lê: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração...” At 2.42-46, pois desde o início da igreja, percebemos que o relacionamento vertical gera e potencializa o relacionamento horizontal. Em alguns casos, sem generalizar, há grandes possibilidades de que alguns que não conseguem andar com seus irmãos, o façam por não conseguirem andar com Deus. Esta perspectiva bíblica de estar e andar em unidade, como vontade de Deus, ecoa ao lermos “...Jesus havia de morrer pela nação, e não somente pela nação, mas também para congregar (Lit.: ajuntar) num só corpo os filhos de Deus que estão dispersos (Lit.: espalhados)”. João 11.51-52 (parênteses meus). Em relação aos seus filhos, Deus quer promover sua reunião, não sua dispersão.

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  18. Continuação 13 B- O texto é claro: “Ora, vós (plural) sois corpo de Cristo, e individualmente (singular) seus membros.” 1Co 12.27 (parêntese meu), logo, individualmente, ninguém pode dizer que é igreja ou corpo, mas apenas membro do corpo; mas todos juntos, sim, podemos dizer: somos igreja. E ainda “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” Ef 4.15-16, que nos ensina que a edificação e o crescimento do cristão se dão no contexto da comunhão, da unidade. A vontade do Senhor é que cresçamos juntos, não sozinhos, precisamos dos “irmãos” e “pais espirituais”, isto é, pessoas que ajudem a solidificar nossa fé por meio de Cristo e sua Palavra. A edificação mútua dos membros do corpo pressupõe unidade, ajuntamento, contato. O contrário disso é autossuficiência, que cabe somente á Deus. Doutra forma, como poderíamos experimentar, exercitar e viver o amor cristão de Coríntios 13? O ambiente desta experiência é a vida comunitária, a reunião do povo de Deus, a igreja de Cristo, dos santos, mas imperfeitos.
    Lembremos ainda do ensinamento de Jesus: “Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só (membro cristão); se te ouvir, terás ganho teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja (igreja cristã); e, se também recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano.” Mt 18.15-17 (parênteses meus). Num primeiro momento, a orientação bíblica é falar com apenas um, aquele irmão que pecar. Em um segundo momento, a orientação bíblica é, caso necessário, falar com mais pessoas para serem testemunhas. No terceiro momento, a orientação é, caso necessário, dizer à igreja. As entrelinhas demonstram que há um posicionamento diferente entre as três situações. Ainda que Jesus tenha falado de cristãos o tempo inteiro, ele não reconheceu cada um desses cristãos como sendo igreja. A parte ofendida era um cristão. Mas, este individualmente não era a igreja. As duas ou três testemunhas também eram cristãs, todavia, eles também não foram chamados de igreja. Jesus diz que eles deveriam falar à igreja. Mas o interessante é que o termo “igreja” aponta ao todo, ao coletivo; não individualmente, não isoladamente. Como já disse: ninguém isolado pode dizer: sou igreja. Mas juntos podemos afirmar: somos igreja.

    • (14) Na pg. 146, até a metade, eu concordo plenamente com o autor. Ele corretamente abordou sobre o desastre de quando um ministério se torna apenas fonte de renda, perdendo todo princípio e propósito original. Certamente, se não se arrependerem, o Senhor tratará com cada um.

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  19. • (15) Na pg. 161, na nona e na décima linha, ele lamentavelmente julga de forma indireta que não há realidade em uma reunião organizada, planejada, quando ele afirma: “trata-se do que é real”. Ele demonstra entender que não há profundidade, entrega e significado, e isso reflete o quão superficial novamente parecem ser alguns pressupostos e conclusões de João. Do mesmo modo o autor também pensa igual a João, não por acaso, ao escrever na última linha da pg. 203, “...expressões autênticas de vida em comunidade...”. Ele novamente usa frases de efeito sugestivas, tentando levar o leitor a concluir que não há expressão autêntica de vida na comunidade organizada, forçando a realidade.

    • (16) Na pg. 164, no meio da folha, encontramos um diálogo: “...João, como é que ficam os líderes? Não temos a necessidade de gente mais experiente, como os pastores? – Para quê?”. Aqui João questiona negando a necessidade da função pastoral, dos ministros instituídos por Deus e seus respectivos ministérios. Ele desconsiderou totalmente o que a Escritura fala a respeito, como por exemplo: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores (gr: ποιμένας /poimenas) e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (entre parênteses meu) Ef 4.11-12, literalmente “pastores que cuidam das ovelhas”. É um extremismo profundamente perigoso e estranho ás Escrituras tentar desconstruir, anular ou negar em função de excessos e erros daqueles que fazem mau uso, inadequado, do trabalho que Deus os deu e da função em que Ele os colocou. Fique certo de que cada um dará conta de si ao Senhor naquele Dia. Esses ministérios não são privilégios, nem cargos, nem mérito, nem status, mas conforme lemos acima no verso 12, esses ministérios são ofícios, funções dadas por Deus, para edificação da sua igreja. São responsabilidades, atribuições que vem da parte de Deus para a manutenção da igreja, aperfeiçoamento dos santos. Existe propósito divino para cada um destes ministérios. Negar o ofício pastoral instituído por Deus, para terminar com os usos incorretos que deles muitos fazem, chega a beirar o absurdo, incoerência teológica e cegueira espiritual. Somos chamados a tê-los, considerá-los e vê-los de maneira bíblica, do modo de Deus e para Sua glória. Como os filhos de Deus manifestarão os ministérios e receberão os seus benefícios se estiverem vivendo uma vida cristã isolada por livre vontade? De forma clara a Escritura trata o assunto das funções: “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue” Atos 20.28, demonstra que foi Deus quem decidiu constituir pessoas, líderes que apascentem seu povo, sua igreja. Fique certo, não é ideia humana.

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  20. Continuação do 16- No 1º parágrafo da pg. 165, ele segue a mesma ideia, discorrendo: “Leiam mais uma vez o Novo Testamento e verão que ele dá uma importância ínfima a algo parecido com liderança tal como a concebemos”; e esta é uma leitura profundamente deficiente, é lamentável que ele não perceba. Biblicamente, existe uma organização definida (Tg 5.13-14,16). É doutrina bíblica e evidente que Deus definiu que seu povo, sua igreja, estivesse sendo guiada por líderes, homens que estivessem á frente no ministério com a função de servir, aptos, honrados e autorizados por Deus, conforme sua palavra, dentre outros exemplos: “Lembrai-vos dos vossos pastores (gr: ἡγουμένων, egumenon) que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver” Hb 13.7 (entre parênteses meu), literalmente: “que lideram”, “que guiam”. E ainda: “Obedecei a vossos pastores (gr: ἡγουμένοις, egumenois), e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas...” Hb 13.17 (entre parênteses meu), literalmente: “lideram”, “que guiam”. E ainda At 20.28 “Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue.” E também “Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos...” Fp 1.1, assim como “Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus” I Tm 3.13; da mesma forma “Os anciãos/presbíteros que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino” I Tm 5.17; e em I Ts 5.12-13 “Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor...”.
    Um dos grandes mistérios da fé é olharmos para simples vasos de barro, falhos e pecadores, iguais a nós, e percebermos Deus agindo e usando-os para Sua Glória e nossa edificação, sem nos escandalizarmos a ponto de abandonarmos o Caminho.

    • (17) No meio da pg. 183, ele escreve: “Chamamos de ‘culto’ cantar juntos e de ‘comunhão’ a frequência regular á igreja”. Aqui ele desfigura e reduz o conceito bíblico de culto e comunhão; pois na verdade, chamamos de culto, muito mais do que cantar juntos, ainda que cantar junto seja uma devida manifestação de culto, feita até pelo próprio Senhor Jesus (Mt 26.30). Também chamamos de comunhão, muito mais do que frequentar a igreja regularmente, ainda que frequentar a igreja regularmente nos auxilie a desenvolvermos comunhão, vínculo e aliança em Cristo com nossos irmãos, conforme inúmeros versículos que já vimos neste documento.

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  21. • (18) No meio da pg. 198, o autor diz: “Jesus deu a entender que sempre que duas ou três pessoas se reunirem em Seu Nome Ele estará entre elas”. Infelizmente o autor interpretou também este texto de forma profundamente forçada e descontextualizada. Lamentavelmente ele insiste em viver e promover um cristianismo que sutilmente rejeita o restante do corpo de cristo. Ele se refere a Mt 18.20, onde está escrito: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”. O autor tentou, de forma leviana, colocar este texto contra a igreja cristã que é organizada, desenvolvida e também por ora é provida de certos aspectos institucionais. É importante lembrar que esses dois ou três que se reúnem em nome de Jesus, não se reúnem de forma exclusiva e facciosa, nem em detrimento do coletivo; tampouco essa reunião é resultado de incapacidade de lidar com as falhas e erros do irmão no corpo eclesiástico; de forma alguma o texto comporta uma perspectiva assim. Entretanto, o contexto lida com o objetivo de trazer novamente, em amor, para a unidade do corpo, aquele irmão que estava distante, em pecado. De forma geral, Mateus 18 contempla a importância de que ninguém venha a se perder, deixando de fazer parte do Reino, como podemos ler: “de modo algum entrareis no reino dos céus” (v.3); “melhor te é entrar na vida...do que...ser lançado no fogo eterno” (v.8); idem no verso 9; “Porque o Filho do homem veio salvar o que se havia perdido” (v.11); a importância de buscar e encontrar a ovelha que tinha se perdido (v.12,13); a importância de que nenhum dos pequeninos se percam (v.14); ganhar o irmão que está em pecado (v.15); em um processo disciplinar organizado (v.15-17). É neste momento que Jesus afirma: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”. O assunto é salvação; reconciliação, se possível; restauração; perdão (v.33,35). O restante do capítulo, até o verso 35, continua demonstrando isto. O grande propósito dos 2 ou 3 que se reúnem é buscar o perdido, para que, reconciliando-se, permaneça no corpo, na unidade. Tenho dificuldade em ver neste texto qualquer coisa que justifique andar sozinho na caminhada cristã, separação ou qualquer sentimento de autossuficiência, á parte do restante do corpo, negando ou desconsiderando-o deliberadamente e conscientemente, para viver um “cristianismo” isolado.

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  22. • (19) Ainda na pg. 198, o autor formula a seguinte pergunta: “Mas as nossas instituições não nos livram do erro?”. Novamente ele elabora uma pergunta, de forma que aponte para uma resposta que ele já tem em mente, sugerindo uma possível atribuição, tarefa á algo (no caso, a igreja organizada) que não lhe cabe. Em lugar algum da Escritura encontramos base para pressupor que pelo fato de estarmos em unidade com uma igreja cristã específica, não vamos pecar ou errar, ou falhar, ou nos perdermos, ou nos corrompermos. A nossa fé e salvação, nossa vida cristã, nossa vitória contra o pecado está firmada em Cristo e sua obra na cruz, se fundamenta na Palavra de Deus e na prática dela, e não em alguma denominação ou organização cristã, esta seria uma ideia utópica, não bíblica. As instituições não tem o propósito ou o compromisso específico de livrar alguém do erro, até porque cair no erro depende, quase que via de regra, das escolhas, decisões e atitudes pessoais de cada um. Vale lembrar que mesmo não sendo esta uma responsabilidade exclusiva da igreja organizada, ela tem sua evidente parcela no fortalecimento do vínculo cristão entre os irmãos, no crescimento dos filhos de Deus em unidade, fé e amor, no aprendizado e prática da sã doutrina bíblica e demais implicações da vida cristã. Parafraseando a pergunta do autor, seria como perguntar: “Mas as nossas escolas não nos livram da pobreza?” É uma pergunta sem sentido, errada, porque o conceito de “escolas” está errado, assim como o conceito de “instituições” do autor está errado. Atribuir à igreja cristã a responsabilidade dos nossos erros e pecados para construir-lhe uma imagem negativa é mais uma técnica usada pelo autor.
    Devemos lembrar que nestes 2 mil anos sempre existiram heresias, erros e escândalos na igreja cristã, desde os tempos apostólicos, isto é fato histórico. Não só a história, mas a Bíblia também aborda o assunto com naturalidade, demonstrando que assim até importa que seja (1 Co 11.19). Isto também ecoa nos ensinamentos de Jesus, ao ensinar que o joio estará juntamente com o trigo, quando disse: “Queres pois que vamos arrancá-lo? Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa...” Mt 13.28-30. Podemos estar dentro da igreja organizada e estarmos no erro, assim como podemos estar fora da igreja organizada e também estarmos no erro. Mas Deus, aquele que sonda os corações, é quem no momento certo, fará a separação final, não cabe ao homem fazê-lo. O que não se pode concluir é que se afastar da igreja organizada seria a solução.
    • (20) No meio da pg. 202, o autor confessa repetidamente que ele cansou. Nas suas palavras: “Cansei de tentar estabelecer uma comunhão...”, “Cansei daqueles que exaltam as próprias...”, “Cansei de gente insegura que...”, “Cansei de sermões que...”. Infelizmente o autor cansou dos desafios que a caminhada cristã nos apresenta, ele não conseguiu mais lidar com as debilidades do próximo, com as falhas e erros dos seus irmãos. Ele está com um problema pessoal a ser tratado e restaurado. Precisamos ter sempre em mente a perspectiva bíblica, que acabamos de falar, acima, sobre o trigo e o joio, que sob hipótese alguma serão separados antes do tempo por Deus definido.

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  23. • (21) No último parágrafo da pg. 202, ele coloca: “Os próprios sociólogos nos dizem que o principal fator que leva uma criança a florescer em sociedade é possuir amizades pessoais profundas com outros adultos além de seus parentes próximos. Nenhuma escola dominical é capaz de cumprir essa função”. É lamentável o autor seguir este caminho para solidificar suas convicções cristãs. A Sociologia, ainda que tenha seu valor e importância, não é e nunca será parâmetro final para definir as realidades e aspectos da vida do homem, mas sim a Teologia. Não se pressupõe que um pai cristão espere que a sociologia defina e oriente sua família, em detrimento da teologia bíblica. O autor praticamente resume o conceito de igreja numa Comunidade de Relacionamentos.

    • (22) Percebe-se claramente que durante todo o período do livro em que Jake ainda não tinha se encaixado dentro do sistema e da forma de João pensar, a grande maioria esmagadora das reações e respostas que Jake dava ás perguntas e reflexões de João, foram escritas de forma intencionalmente frágeis, falhas, vazias e desprovidas de maior reflexão, segundo interesse do autor. É como se em cada conversa, o autor já soubesse (e na verdade já sabia) o que queria afirmar no final, ele então só desenvolvia o caminho que conduzisse ao seu ponto de interesse.

    • (23) Depois de ler todo o livro, fica claro porque o autor escolheu escrever no estilo literário de Ficção, conforme a própria editora o cataloga. Porque é um estilo em que vale tudo, tudo pode ser imaginado, criado, desfigurado e refigurado. Dentro da ficção ele pôde conduzir um enredo, palavras e conversas conforme seu propósito pessoal. Por coincidência ou não, a ficção não exige um embasamento teológico, uma base bíblica sólida, e foi exatamente isto que aconteceu. Sob o ponto de vista teológico, bíblico, ele não conseguiria fundamentar seus argumentos. Não nos causa estranheza o fato de que em todo o livro deva ter quase 0% de citação bíblica. Lembro que ele mencionou a carta à igreja de Éfeso, na pg. 29 (quando ele tenta afirmar o que o texto não afirma, conforme já vimos anteriormente); e não lembro se tem mais alguma citação. No Anexo que ele escreve, não há citação de um apoio bíblico sequer. Assim, ele transparece não encontrar fundamento algum na Escritura para este novo “formato” que ele quer sugerir, mas desenvolve seus pressupostos apenas a partir da ficção, e isto é evidentemente perigoso.

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  24. • (24) A falta de subsidio teológico e fundamentação bíblica em toda a obra de ficção, torna perfeitamente claro o porquê de ser usado o tempo todo, quase sem número, expressões de dúvida como: “talvez, me parece, acho, tenho a impressão, pode ser, provavelmente, será que”, dentre outras expressões que promovem a mesma incerteza ou opinião pessoal, sem respaldo na Escritura.
    Não tenho amados a intenção de ser ofensivo com ninguém, quem ler tem todo o direito de discordar, e toda opinião, seja ela diferente da minha ou não, deve ser respeitada. Tenho muito a aprender e posso humildemente mudar de ideia, mas olhando para a Escritura chego a estas conclusões. Em nada duvido da sinceridade de coração que cada um que coloca sua opinião aqui, da mesma forma que eu fui movido em amor a me expressar em relação ao livro. Novamente peço desculpas pelo tamanho que o texto acabou ficando, não era minha intenção, mas quando vi ficou assim. Desejo que Deus conduza a cada um de nós dentro dos seus propósitos e para sua Glória. Abraço a todos queridos amigos e irmãos. No amor de Cristo. fabiano

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