1) A
igreja do Novo Testamento possuía local de reuniões? A
igreja, como ajuntamento dos filhos de Deus, costuma-se reunir em qualquer
lugar, uma vez que o importante não é o lugar, mas o estar em Cristo e uma
prova disso é que os apóstolos ainda frequentavam o pátio do templo após o
Pentecostes. Ocorre, entretanto, que as referências à igreja se reunindo em
casas são muito mais numerosas e harmoniosas com a totalidade do Novo
Testamento do que as poucas referências ao Templo de Salomão. Os apóstolos
possivelmente frequentavam um lugar público e espaçoso por dois motivos: – por
ser um lugar frequentado por pessoas que buscavam a Deus – por ser um lugar
amplo, podendo ser alcançado um maior número de almas ao mesmo tempo. Deve-se
atentar para três fatores, entretanto, antes de generalizar essa experiência
dos irmãos em Atos: - eles frequentavam o pótico ou o pátio; nunca o interior
do Templo, reservado apenas para os sacerdotes; – tratava-se do Templo de
Salomão, projetado por Deus conforme registro do Pentateuco, e não qualquer
prédio; e – essa experiência durou apenas seis anos no máximo(*), podendo ser
considerado um marco para o seu fim a perseguição registrada em Atos 7. Depois
desse capítulo, não há mais registro em todo o Novo Testamento de que a igreja
se reunisse no Templo. Há dois registros e apenas dois no intervalo de 67 anos
de história da igreja registrada no Novo Testamento, entretanto, de que a
igreja se reunia em lugares amplos (não são templos, mas lugares espaçosos): Um
outro dado histórico constatado são os registros de que somente após o reinado de
Constantino, após ter cessado a perseguição dos cristãos, é que se passou a
construir templos, até mesmo por influência de outros povos que tinham também
seus templos. Mais dados a esse respeito podem ser pesquisados nos bons livros
de história da igreja e no livro do irmão Frank Viola: Cristianismo Pagão,
disponível nas livrarias cristãs ou no site da editora Abba: http://www.abbapress.com.br/produtos.asp?produto=951.
Acerca da indiferença em relação ao lugar, leia o livro REVOLUÇÃO, também da
editora Abba (http://www.abbapress.com.br/produtos.asp?produto=151).
Hoje, cremos que o lugar pode, sim, ter influência sobre a igreja, desde que
acarretem o cerceamento as funções do Corpo de Cristo e o sacerdócio universal
de todos os santos, o que pode dar margem ao surgimento do sistema de Clérigos
e Leigos. Entretanto, em relação aos irmãos que se reúnem nas casas, o mesmo risco
se apresenta. É bem possível que se crie uma nova religião chamada IGREJA NOS
LARES ou IGREJA ORGÂNICA, contemplando o Sistema de Clérigos e Leigos de forma
dissimulada. Adotando o templo ou as casas, cada irmão ou irmã deve estar
ciente acerca do material que está usando para edificar a igreja (madeira,
feno, palha, ouro, prata ou pedras preciosas), pois o fogo revelará todas as
coisas. (*) Considerando a datação da Bíblia em Ordem Cronológica (Nova Versão
Internacional. Editora Vida), o Pentecostes teria ocorrido dia 5 de junho de 29
e a primeira perseguição aos apóstolos, neste caso, Pedro e João, ocorrera nos
dias seguintes. A segunda perseguição ocorreu no ano 31, dois anos após o
Pentecostes (At 5). A terceira perseguição, agora em escala muito maior,
ocorreu quando do apedrejamento de Estevão, no ano 35 (At. 6-8). Atos 8:1 diz
que”…Naquela ocasião desencadeou-se grande
perseguição contra a igreja em Jerusalém. Todos, esceto os apóstolos, foram
dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria“.
A igreja em Jerusalém deve ser estudada como um caso a parte na história da
igreja porque era formada exclusivamente por judeus convertidos. Quem não fosse
circuncidado e não guardasse a lei, para reunir com os irmãos lá, naquela
época, teria sérios problemas, como os registrados em Galátas 2:3, At 15 e 21.
Para os judeus, ao contrário dos gestios nascidos de novo, Cristo era o
cumprimento das profecias e, por isso, era previsível que ainda guardassem a
lei, já que o próprio Senhor não a revogara (Mt 5:17). Os apóstolos, em
especial Paulo e o escritor de Hebreus, tentaram explicar aos irmãos que,
embora a lei tivesse sido dada por Deus, ela era apenas um tipo de uma
realidade que viria (Cl 2:16-17; Hb 10:1). Quando Cristo, como a realidade
veio, o tipo, a figura, tornou-se sem sentido. Mas essa questão foi difícil de
administrar com relação os irmãos judeus, mesmo para um homem experiente como
Paulo (veja At 16:1 a 3; 18:18 e 21:18-26) que procurava fazer de tudo para com
todos para, de alguma forma, ganhar alguns (1 Co 9:22 e Rm 14).
2) Como os irmãos que se reúnem nos lares fazem
para conhecer outros irmãos em outras cidades, Estados e Países? As igrejas que se reúnem somente nas casas não
possuem formalmente nenhum centro ou convenção para troca de experiências. O
que existe são indicações de irmãos através principalmente de e-mail ou
telefone. Há algumas iniciativa de reunir os grupos promovidas pelos irmãos do
site www.gruponews.com.br e
da obra cristã À MATURIDADE (http://www.amaturidade.com.br/portal/?page_id=75).
Também há obreiros itinerantes, isto é, irmãos mais maduros que têm viajado
pelo País para ter comunhão com as igrejas, a fim de ajudá-las com as
experiências espalhadas pelo Corpo de Cristo, criando vínculos entre irmãos de
cidades ou Estados que, de outra maneira, dificilmente se conheceriam. A
diferença entre os obreiros itinerantes e os líderes de igrejas institucionais
é que os primeiros não têm a menor intenção de conduzir os irmãos de volta para
um grupo organizado ou criar uma zona de influência de seu ministérios, isto é,
anexar os irmãos a um ministério “maior” e “mais abençoado”. Contudo, o melhor
teste para se identificar um obreiro itinerante genuíno é ver o seu viver e
compará-lo ao de Cristo. Além disso, enquanto os obreiros de grupos institucionais
procuram levar os irmãos para dentro de um grupo maior, os obreiros itinerantes
procuram levar os irmãos para dentro de Cristo, somente. Há iniciativas de
promover ajuntamentos de igrejas em determinadas cidades ou Estados. Os
convites para tais encontros, entretanto, estão espalhados em diversos sites e
blogs pela Internet. Talvez falte um veículo para divulgar os anúncios de
eventos, encontros e conferências. Se esse for o caso, o site se disponibiliza
a publicar os convites para esses encontros, bastante enviar um e-mail
para igreja@igrejanoslares.com.br.
Cabe destacar também que os irmãos dos Estados Unidos realizam uma vez por ano
a conferência anual das igrejas nos lares (http://www.site.house2house.com/events).
3) Como podemos definir igreja nos lares, igreja
orgânica ou igreja simples? Em primeiro lugar,
essas referências que acompanham o substantivo próprio “igreja” (Simples, Orgânicas
e nos Lares) não são
encontrados na Bíblia. A igreja não tem “sobrenome” no Novo Testamento. A única
referência que o Novo Testamento usa para a igreja é a cidade onde ela existe,
ajunta-se e se relaciona com a sociedade: igreja em Corinto, em Felipos, em
Antioquia, as sete igrejas nas sete cidades da Ásia etc. Esses
“acompanhamentos” (nos lares, orgânica e simples), são apenas referências
utilizadas atualmente para tentar descrever, em poucas palavras, como a igreja,
sendo um organismo vivo, existe, relaciona-se com Deus, como os cristãos se
relacionam uns com os outros, e como a vida da igreja se inicia e se expande.
Em outras palavras, é preciso ficar claro que: a) não existe igreja nos lares! Existem irmãos que
buscam viver Cristo a partir de suas famílias, de suas casas. Vivendo assim, a
igreja testifica ser a família de Deus, não aceitando que o viver cristão
ocorra em um templo por algumas horas e somente em um determinado dia da
semana, enquanto que, dentro de casa, cada um vive seu viver egoísta e mundano.
Ser igreja envove toda nossa vida e não momentos ou dias especiais, e começa na
relação que cada um tem com o Deus Triúno, expandindo-se para a relação com
seus familiares, alcançando parentes, vizinhos e amigos. Um viver baseado apenas
em frequentar locais sagrados em dias especiais não é ser igreja, mas estar
temporariamente “parecendo” igreja, por estar indo à igreja ou visitando à
igreja. b) Não existe igreja orgânica!
A natureza da igreja é orgânica, porque ela é o Corpo vivo de Cristo e, como um
organismo, todos os membros estão ligados ao cabeça e fazem parte uns dos
outros. O mesmo sangue que circula na Cabeça é o sangue que circula nos dedos
mínimos do pés. A igreja recebeu, ao nascer, um DNA, isto é, elementos divinos
que produzem expontaneamente o viver da igreja na exata medida e expressão que
a natureza e essência do doador desse “material genético”, isto é, a relação do
Pai, Filho e Espírito. Assim como uma semente possui o DNA da árvore que a
produziu, a igreja possui o DNA de Deus! A igreja é Santa, porque seu DNA é
santo; a igreja é maravilhosa, porque seu DNA é maravilho; a igreja ama os
miseráveis, porque seu DNA é o próprio amor que o Pai, o Filho e o Espírito
derramam entre si; a igreja aprecia estar reunida, porque possui um DNA que
reproduz o mesmo “magnetismo” sagrado e o apreço que o Filho tem em estar com o
Pai, que o Pai tem em estar com o Filho; a igreja é una, porque seu DNA é
inseparável e eternamente único. Em que pese cada cristão faça parte da igreja
por ter nascido de novo, de acordo com o padrão do Novo Testamento, não se pode
dizer que o ajuntamento de cristãos individuais e individualistas que não
expressem esse DNA seja igreja no aspecto coletivo, o que, de maneira alguma,
implica que esses mesmos cristãos não sejam parte do Corpo de Cristo. Eles são,
de fato e de direito, mas podem estar perdendo a oportunidades de usufruir com
mais intensidade da maravilhosa relação orgânica da vida da igreja tal qual
projetada por Deus nas Escrituras. c) Não existe igreja simples! A natureza da
igreja, em que pese sua multiforme complexidade, é simples, porque Deus é
simples. Olhe a natureza em sua volta: como as criaturas, plantas, árvores e
flores são geneticamente tão complexas, mas, ao mesmo tempo, esse conjunto é
tão simples e essa simplicidade traduz a beleza de uma harmonia que só pode ter
sua origem na simplicidade de Deus. Essa mesma simplicidade está presente
quando uma irmã ora por uma família, sem ninguém (humano) pedir; quando um
casal visita outro casal e ali celebram juntos a vida em Cristo; quando irmãos
visitam hospitais e presídios, simplesmente porque o Senhor lhes pediu para
visitar; quando jovens se encontram para louvar a Deus sem nenhum “irmão mais
velho” mandar; quando você, espontaneamente, prega o Evangelho para seus
colegas de trabalho ou vizinhos; quando os irmãos se organizam para comprar uma
cesta básica para um família em necessidades. Quando tudo isso ocorre de
maneira simples, sem um programa semanal, sem uma ordem de um líder humano, sem
uma escala de serviço pré-agendada, o mundo pode testificar a simplicidade da
vida cristã. Hoje, muitas pessoas rejeitam o Evangelho porque vêem que a vida
cristã é muito complexa para elas, possui muitos rituais, muitos manuais de
comportamento e muitas atividades obrigatórias que elas não vão dar conta de
seguir. O que as pessoas buscam hoje é um viver simples, relacionamentos
simples e uma fé simples, que deveriam ser encontrados na simplicidade e
singeleza do Cristo vivido na igreja. Nosso Senhor teve um viver tão simples
nesta Terra; não tinha um lugar para dormir e não tinha muitos compromissos…
Ele seguia apenas as orientações do Pai. Por fim, quando partiu desta Terra,
deixou apenas alguns lençóis em um túmulo emprestado (Jo 20:5; Lc 24:12). Concluindo:
dizer que a vida da igreja ocorre nos lares e a partir dos lares, que ela é
orgânica e simples é um eufemismo, isto é, soa como dizer que a Terra é
redonda, que a noite é escura, que a água é líquida etc. Entretanto, a igreja
atual se distanciou tanto do que vemos no Novo Testamento que, por mais absurdo
que sejam, esses eufemismos são necessários e, misteriosamente, podem até
chocar alguns, assim como . Há contudo o perigo de que esses eufemismos se
tornem, em um futuro não tão distante, mais uma denominação. Há alguns irmãos
que, ao invés de utilizar a nomenclatura Simples-Orgânica-nos Lares, estão
utilizando o termo REVOLUCIONÁRIO para designar os irmãos que estão se reunindo
de forma orgânica. Particularmente, preferimos utilizar os termos “irmãos que
se reúnem nos lares” ou “grupos que estão nos lares” ou ainda “irmãos livres”.
Quando alguém lhe pergunta: - onde o irmão (ou irmã) reúne?” Ou - o irmãos está em qual ministério?“,
há vários irmãos que estão respondendo: - nas casas, como está registrado na Bíblia.”
Acho uma resposta bem satisfatória. Já quando alguém diz que está se reunindo
em uma “igreja orgânica”, parece que está falando de um novo lançamento
eclesiástico, de uma nova denominação pós-moderna; também, subliminarmente,
parece que essa pessoa está dizendo para seu interlocutor: “- eu não reúno em um grupo institucional falido como você; mas estou no
lugar mais neotestamentário e abençoado do mundo; estou praticando a verdadeira
vida da igreja; estou no centro da vontade de Deus …“.
Será? Não existe uma igreja institucional ou uma igreja orgânica em constante
choque. Existe apenas a igreja, aquela mesma descrita no Novo Testamento que se
reúne nas casas como família, que é orgânica em sua natureza e que é simples na
sua expressão e todos os que foram salvos fazem parte dessa única igreja, desse
único Corpo, quer estejam usufruindo dessa realidade, quer não!
4) Na
história da igreja, como podemos situar os irmãos que se reúnem nos lares? De
acordo com o mapa abaixo, com a Reforma, surgiu o ramo do cristianismo chamado
de PROTESTANTISMO que, por sua vez, deu origem a vários grupos ou denominações
cristãs, dentre elas: a) Anabatistas b) Protestantes históricos autônomos c)
Protestantes estatais (Anglicanos) d) Restauracionistas
O movimento restauracionista, em sentido amplo,
pode ser considerado como a tentativa dos grupos cristãos em voltarem às
práticas da igreja primitiva. Nesse sentido, muitos grupos que depois se
tornaram denominações podem ser considerados restauracionistas, como, por
exemplo, os hussitas (irmãos da Boêmia), anabatistas (menonitas) e puritanos
(influenciaram os presbiterianos). Em um sentido mais estrito do termo,
restauracionistas “é a postura histórico-teológica presente em denominações
cristãs que acreditam que o cristianismo histórico apostatou em algum ponto de
sua existência, sendo necessário restaurar o cristianismo primitivo da era
apostólica”* Como os restauracionistas eram pessoas que se converterem em uma
igreja reformada, sua origem está ligada ao cristianismo histórico e
influenciada pela teologia tradicional naquilo que não contraria o registro da
vida da igreja no Novo Testamento, especialmente no livro de Atos dos
Apóstolos. Para os restauracionistas, há dois tipos de ajuntamentos cristãos:
os oficiais e os não-oficiais, os institucionais e os não-institucionais. Para
eles, são restauracionistas todos aqueles que não fizeram parte ou romperam com
as instituições religiosas, uma vez que sempre teriam existido pessoas que
buscaram restaurar algo que havia se perdido após o declínio da igreja
primitiva, e que não compactuavam com a igreja oficial ou institucional de cada
época e lugar. Assim, o restauracionista sempre está buscando o modelo original
da vida cristã primitiva para fundamentar sua fé e basear suas práticas. Para
os críticos do restauracionismo, não há o que restaurar já que as verdades
fundamentais estão muito claras na Bíblia. A necessidade urgente do Corpo de
Cristo seria viver o que já está claro como amor, misericórdia e justiça, isto
é, de experimentar o que já foi dispensado para o povo de Deus. O estudo
constante de Bíblica em busca de “grandes verdades” teria produzido, para esses
críticos, cristãos muito intelectuais, eloquentes e cultos, mas com pouco
impacto na sociedade atual, tendo em vista a carência de poder em suas vidas e
obras. De qualquer forma, o restauracionismo permitiu ao Corpo de Cristo, como
um todo, entender melhor o plano de Deus e as escrituras, na medida em que seus
mestres se dedicaram e perscrutar a Palavra de Deus, trazendo a tona verdades
como o significado dos tipos, as dispensações, o significado das parábolas, a
necessidade de simplificar a vida da igreja e as estruturas de governo
eclesiástico, o retorno ao paradigma do sacerdócio de todos os crentes, os
conceitos de lei, graça, dons e ministérios, justiça, santidade, libertação,
glorificação e muitos outros. Fazem parte da corrente restauracionista: a) Barton W. Stone e Thomas Campbel: em que pese
pregassem a unidade do Corpo de Cristo, a dissidência entre seus líderes criou
vários grupos cristãos, dentre eles, A Igreja de Cristo e os Discípulos de
Jesus b) John Nelson Darby e os irmãos de
Plymouth: deram origem aos grupos de irmãos unidos abertos
e fechado, isto é, inclusivistas e exclusivistas. Foram responsáveis pela
apresentação com clareza (ou “restauração”) dos grandes temas da Bíblia,
incluindo tipologia, a unidade da igreja e o erro do sistema denominacional, o
significado das profecias, parábolas e dispensações. Dentre os irmãos unidos se
destacam, além de Darby, Anthony Groves, Geoge Wingran, Benjamin Newton.
c) T. Austin Sparks:
rejeitado pelos círculos denominacionais por sua franqueza em apresentar as
verdades bíblicas, dedicou seu ministério a explorar a liberdade, vida e
revelação de Cristo, deixando para o Corpo uma rica herança. Com seus escritos
inspirou diversos cristãos que se ajuntaram ao restauracionismo da igreja.
d) Wachtman Nee:
grande estudioso cristão, bastante influenciado pelos irmãos unidos, teve seu
ministério focado no viver em Cristo, na fé e nas experiências de cruz como
forma de libertação. Seus ensinamentos deram origem às igrejas locais, sem
placas, tendo como referência apenas o nome da cidade onde estão. Acreditava
que a vontade de Deus era um grupo de cristãos livres das divisões que dessem
um testemunho da unidade em cada cidade. Muitos grupos foram e continuam sendo
inspirados por seu ministério, como as comunidades evangélicas e as igrejas
locais. e) Witness Lee:
oriundo do movimento dos irmãos unidos, tornou-se seguidor de Wachtman Nee;
migrou para os Estados Unidos na década de 1960 e, posteriormente, criou e
dirigiu a editora Leaving Stream Ministry. É o autor de uma série de estudos da
Bíblia, denominados Estudos-Vida e de um comentário bíblico do Novo Testamento,
chamado Versão Restauração. Classificava os cristãos que vivem nas cidades
entre aqueles que dão testemunho da unidade e os que não dão, sendo o primeiro grupo
considerado como igreja nessa cidade e o segundo não, por falta exatamente
dessa “expressão” da unidade ou do testemunho da unidade, o qual não poderia
ser dado por aqueles que estavam nas denominações ou “divisões” do Corpo de
Cristo. Quase todo seu ministério está voltados para os que estão vivendo no
seu conceito de unidade, mediante um testemunho, isto é, um grupo de pessoas
reunidas em determinado lugar. f) Derek Prince, Don
Bastham, Bob Mumford, Charles Simpson e Ern Baxter:
responsáveis pelo restauracionismo carismático, conhecido por MOVIMENTO
PASTOREAR. Foi objeto de grande controvérsia em meados dos anos 1970 e
influenciou a criação da Igreja de Cristo Internacional, do Ministério Maranata
e da Grande Comissão Internacional. g) Daniel Layne: fundado
da igreja de Deus, denominação cristã criada em 1980. Os membros acreditam que
foram ordenados pelas profeciais e pelo mandamento divino para restaurar a
igreja. Durante a história da igreja até a segunda volta de Cristo, Deus sempre
irá caminhar através de alguns que se mantiveram fiéis às palavras de Cristo.
Até mesmo a questão de se restaurar é algo que precisa ser “restaurado”. Quando
se fala em restaurar parece que devemos consertar algo que se quebrou. Mas, se
pensarmos bem, tudo o que o Senhor fez na Cruz não se quebrou e se Sua obra
completa foi totalmente consumada, a questão não seria então restaurar algo mas
desfrutar de algo já concretizado: Cristo e a igreja? (*) Fonte: <http://www.religioustolerance.org/chrrest.htm>
in <pt.wikipedia.org/wiki/Restauracionismo>.
5) Em um ambiente íntimo e familiar, como fica o
relacionamento com os incrédulos? Hoje em dia não é perigoso convidar muitos
desconhecidos para dentro de casa? No
ambiente de um templo ou local de reuniões grande, é muito simples tratar com
os incrédulos. Você os convida para um reunião de evangelização e, se ele
levantar a mão aceitando Jesus, será salvo; se não fizer isso, você deixa de
convidá-lo para outras reuniões ou cultos ou pode dar a eles mais alguma chance
de conversão. Isso, contudo, não tem como ser aplicado em um ambiente familiar
onde não há cultos dirigidos e onde as pessoas interagem de forma espontânea.
Se uma pessoa é convidada para a sua casa, em outras palavras, você estará
abrindo sua vida para ela, expondo sua família e o seu modo de viver. Isso
envolve relacionamentos genuínos e não o conceito popular de EBC
(evangelismo-baseado-em-convencimento). Mas e quanto à comunhão entre luz e
trevas? De fato, não há comunhão possível entre os filhos da luz e os filhos
das trevas. Entretanto, comunhão tem
a ver com uma união orgânica com Cristo e uns com os outros, o que não é a
mesma coisa que relacionamento.
Posso ter comunhão somente com os filhos de Deus, mas posso ter relacionamentos
tanto com filhos de Deus (o que é anormal) ou com incrédulos com vistas ao
Reino (1 Co 5:9-11). Cortar todos os relacionamentos com os incrédulos é sinal
de falta de fé, para não dizer, falta de amor. Excluir pessoas do nosso convívio
sem nem aos menos apresentar-lhes o que é uma vida com Deus costuma
caracterizar inclusive algumas seitas diabólicas. O que o incrédulo que não
quer a Cristo deve ter consciência é que, rejeitando a Cristo, ele se
auto-exclui do Corpo de Cristo e da família de Deus, simplesmente porque não
nasceu de novo. Com quantas pessoas o Senhor se relacionou, curou e alimentou
que, no final, não creram nEle? Será que Ele não sabia disso? E, mesmo sabendo,
porque continuou abençoando esses “ingratos”? Por que Deus é amor e o amor é
assim mesmo! Há muitas experiências, dando conta de que, por se relacionarem
com a igreja, pessoas vieram a se abrir para Cristo e foram salvas (vide Atos
2:47). Você próprio deve ter sido salvo dessa maneira. Se furtarmos a igreja do
convívio com os incrédulos, como eles serão salvos? O amor e cuidado em Cristo
para com todos é a marca de um Cristão autêntico (Mt 5:16; Cl 3:23). O Filho do
Homem veio para servir aos homens e não só aos filhos de Deus (Mc 10:45). Amor
se dá sem esperar nada em troca, nem mesmo reconhecimento ou salvação (Lc 6:34,
14:14; 1 Co 13:4-7). Se você espera algo em troca, não está mais no Amor, mas
está fazendo um contrato tácito ou dissimulado com as pessoas com as quais se
relaciona, mesmo que seja a salvação: – olha aqui, eu só estou ajudando você
porque espero que você seja salvo. Se você não quiser saber de Jesus, não quero
saber de você! É assim que Deus ama? Por outro lado, considerar um incrédulo
como filho de Deus e trazê-lo para dentro do convívio íntimo é um erro grave e
pode trazer muitos problemas para a vida da igreja, inclusive de ordem moral
para nós e nossos filhos. Nessa questão, precisamos ser simples como as pombas,
mas prudentes como as serpentes (Mt 10:16).
6) As igrejas que estão nas casas são muito
diferentes em práticas ou crenças?Há um conjunto de
verdades nas quais todos nós, filhos de Deus, cremos e, por isso mesmo,
nascemos de novo e nos tornamos irmãos. Alguém que alegue ter nascido de novo e
afirma não crer nessas verdades está mentido ou não sabe o que significa o novo
nascimento. Além disso, o novo nascimento também envolve um novo viver; alguém
que nasce de novo, ganha uma nova viva que possibilita que essa pessoa tenha um
novo viver. Alguém que afirma ter nascido de novo e não apresenta nenhuma
mudança de viver, mínima que seja, possivelmente não foi regenerada (isto é,
não recebeu uma nova vida), mas apenas concordou com os Evangelhos,
“acreditando” que o que consta ali é verdade. Isso não é suficiente para o novo
nascimento. O conjunto de verdades que constam do Novo Testamento e que nos
fazem filhos de Deus dizem respeito ao relacionamento com Deus e à experiência
da Sua obra em nossas vidas. O Pai planejou, o Filho executou a obra do Pai e o
Espírito aplicou essa obra nos crentes. Ainda que alguém não entenda bem a obra
do Pai em planejar, escolher, predestinar, se esse tal não crê na obra do Filho
em redimir, lavar e restaurar, tão pouco crerá na obra do Espírito em iluminar
e aplicar tudo o que o Pai planejou e a redenção, juntamente com o poder da
cruz e da ressureição, em nós. Não se trata, contudo, de um mero entendimento
intelectual, mas sobretudo de um relacionamento vivo com Deus. Há muitos outros
assuntos no Novo Testamento, mas a pessoa e a obra de Deus compõem uma herança
inegociável entre verdadeiros filhos. Dela, nenhum cristão autêntico pode abrir
mão. Há verdades relativas à forma como o batismo é realizado, assim como a
forma como se expressam os dons espirituais; há questões também relativas à
igreja, como ocorre a liderança e como são realizados os ajuntamentos e a ceia.
Quanto a esses assuntos, as pessoas e grupos variam seu entendimento desde a
prática obrigatória de determinadas atitudes exteriores até a inexigência dessa
prática uma que vez que seja tenha sua realidade. São questões polêmicas e que
têm causado muita divisão entre os filhos de Deus, mas essas questões não são o
centro da fé. O centro da nossa fé é Cristo! É para Ele que converge toda nossa
atenção e nosso coração. Todos os grupos que acrescentam algo à esse centro da
fé como pré-requisito para receber outros filhos de Deus, está exigindo algo
que o Novo Testamento não exige e, certamente, irá criar mais uma divisão no
Corpo de Cristo, mais uma facção. Em que pesem todos busquemos ser
“cristocêntricos”, isto é, não enfatizar nada além de Cristo no nosso convívio,
os irmãos que se reúnem nos lares possuem sim diferentes ênfases quanto à forma
como se desenvolve a vida da igreja e a forma de ajuntamento: QUANTO À ÊNFASE NA VIDA DA IGREJA: 1) ÊNFESA NA PALAVRA: são grupos que se dedicam a
estudar a Bíblia, acreditando que, através do conhecimento da Palavra, possamos
chegar à maturidade espiritual e à unidade da fé. Possuem reuniões regulares
para ministração da Palavra e geralmente têm um roteiro de livros ou tópicos
para estudo. 2) ÊNFASE NO CONVÍVIO:
são grupos que, apesar de terem razoável conhecimento bíblico, acreditam que a
vida da igreja é uma vida de convivência mútua e ajuda mútua, tendo Cristo como
Centro. Não possuem reuniões regulares de ministração da Palavra, deixando
livre para qualquer membro compartilhar o que têm recebido do Senhor. Através
de um curto contato com esses grupos, você poderá notar qual é a ênfase adotada
pelo mesmo. QUANTO À RELAÇÃO ENTRE O
ODRE (expressão) E O VINHO (conteúdo) 1) ÊNFASE NO ODRE: os grupos que sofrem influência dessa corrente,
acreditam que, se você estiver na posição correta quanto à unidade, quanto à
comunhão, quanto ao discernimento em relação às questões espirituais, então
Cristo como o vinho novo poderá ser derramado em você. Os irmãos dessa linha
valorizam extremamente as reuniões da igreja e à liberação de mensagens via
púlpito. Em resumo, esses grupos acreditam a posição correta leva a uma
condição correta. 2) ÊNFASE NO VINHO:
os grupos influenciados por essa corrente acreditam que não importa quão
correto você esteja, se não estiver em Cristo, você não terá realidade, mas
apenas aparência. Para eles, estar teologicamente e doutrinariamente correto
não garante a presença de Cristo na vida do filho de Deus. Para eles, um odre
correto não garante que haja vinho. Esses irmãos não são ávidos por mensagens e
conferências, preferindo ter comunhão pessoal com Cristo, acreditando que,
desfrutando o vinho novo, o odre será produzido. Em resumo, esses grupos
acreditam que o mais importante é a situação e não a posição. FORMA DE AJUNTAMENTO: 1) EXCLUSIVAMENTE NAS CASAS: grupos que não
aceitam ou não desejam reunir-se em prédios maiores, preferindo a multiplicação
dos grupos sempre nas casas; 2) NAS CASAS E EM
LOCAIS MAIORES: grupos que, apesar de se reunirem nas casas,
também costumam se ajuntar em um lugar maior como escolas ou salões em
periodicidade mensal ou eventualmente. Cada uma dessas formas de ajuntamento,
possuem seus muitos benefícios e muitos riscos de se tornarem uma nova
religião, por isso, é importante que cada um veja como edifica. Há
também princípios ou atitudes comuns que os irmãos costumam valorizar e outras
que costumam não tolerar: ATITUDES INCENTIVADAS:São
atitudes incentivadas entre os irmãos que estão nos lares: a) estar debaixo
exclusivamente da autoridade do Espírito; b) a tomada de decisões com base na
comunhão de todo o grupo, não deixando essa função para determinada pessoas; c)
o desenvolvimento dos dons de TODOS os irmãos, voltados para TODO O CORPO DE
CRISTO, não supervalorizando nenhum dom ou irmão em especial; d) a busca
individual, tanto na Palavra como na oração; e) estar aberto a todos os
genuínos ministérios do Corpo de Cristo, julgando todas as coisas e retendo o
que é bom para edificação; f) falar o que se experimenta e experimentar o que
se fala, sempre buscando experimentar as verdades antes de expô-las aos outros;
g) a unidade do Espírito, no vínculo da paz; h) ser verdadeiro e honesto consigo
mesmo e com os irmãos. ATITUDES NÃO INCENTIVADAS: Há
diversas atitudes que basicamente todos os grupos concordam que são
prejudiciais para o crescimento do Corpo de Cristo. Os grupos que se reúnem nos
lares geralmente não toleram: a) a aceitação qualquer forma de hierarquia na
igreja, como o sistema de clérigos e leigos, seja explícita ou implicitamente;
b) o vínculo exclusivo a somente um ministro ou ministério; c) a exclusão dos
demais irmãos da comunhão, especialmente os que estão em sistemas religiosos;
d) a utilização de títulos religiosos (pastor, cooperador, apóstolo,
missionário etc.), preferindo chamar-se uns aos outros apenas de irmãos; e)
supervalorizar o grupo em detrimento do serviço ao CORPO DE CRISTO; f) a ênfase
ou o combate às divisões do CORPO DE CRISTO, entendendo que Deus os utiliza e
os suporta em Sua soberania com bem lhe apraz; g) qualquer incentivo a modismos
ou movimentos (“moveres”), nem o exercício de qualquer influência ministerial
sobre os demais grupos. h) a hipocrisia, a falsidade, a linguagem bajuladora ou
ainda a exigência que os outros façam algo que aquele que fala não faz. Isso
não significa que os grupos que se reúnem nos lares são concorrentes ou
disputem a posição de “verdadeira igreja”. Se isso está ocorrendo, então
estamos de fato muito longe do que o Senhor relevou no Novo Testamento quanto
ao Seu Corpo. Ter diferentes ênfases significa apenas que os grupos são
formados por seres humanos que também são diferentes e costumam se reunir com
base nas coisas que têm em comum. Cremos que é possível ter diferentes ênfases
sem, no entanto, ser divisivo ou exclusivista. O problema todo surge quando há
a imposição da
ênfase ou de uma doutrina, surgindo daí a religiosidade que outrora os mesmos
grupos combateram. Nunca é demais falar que a ênfase de um genuíno filho de
Deus e de um grupo que se identifica como igreja não é uma doutrina, é uma
pessoa: Jesus Cristo. Todas as demais ênfases redundarão, cedo ou tarde, em
mais divisões no Corpo de Cristo.
Outras perguntas? Mande um e-mail
para igreja@igrejanoslares.com.br ou http://igrejanoslaresemaltinho.blogspot.com.br/
Com relação à obediência a Cristo e à doutrina dos apóstolos, como vocês praticam o batismo, ceia, e coleta?
ResponderExcluirNeste novo Blog você encontrará a resposta para a sua pergunta. http://igrejasimplesorganicanoslares.blogspot.com.br/
ExcluirSaber a forma de batismo e se mulher poderá ensinar a palavra de Deus ?
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ExcluirComo conseguir o fone prata comunicar nos
ResponderExcluirComo conseguir o fone para termos contatos
ResponderExcluirMoro em Rio Pomba mg
ResponderExcluirSou dessegregação como dizem
ResponderExcluirAdelina,meu Zap e 81-995718408
ResponderExcluirNão conseguir neste número
ResponderExcluirQueria ter um pouco mais de contato com os amados irmãos, porque sair dos templos e estou querendo participar de um grupos desses
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